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Olga Benário nasceu na Alemanha
em 1908. Desde jovem se destacou como ativista comunista. Depois de planejar a libertação de seu namorado
e também líder revolucionário Otto
Braun, eles fugiram para a União Soviética, onde ela adquiriu cada vez mais experiência política. Em Olga, de Jayme Monjardim, o nono título da Coleção IstoÉ – o melhor do cinema brasileiro, vemos uma Olga completamente dedicada à causa comunista, missão que acabou por separá-la de Braun.

A interpretação de Camila Morgado ressalta esses traços. Olga acredita que estabelecer relações estáveis de afeto prejudica o ímpeto e a determinação revolucionários. Mas isso muda quando ela conhece Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler), militar e político comunista brasileiro, líder da Coluna Prestes – contingente de 1.500 homens que percorreram 25 mil quilômetros pelo Brasil divulgando idéias de transformação social.

Monjardim não trata apenas do relacionamento romântico e trágico entre Olga e Prestes. Há uma preocupação em mostrá-la forte, fiel a suas idéias e convicta de que a desigualdade social é inaceitável. Camila Morgado consegue transmitir toda a dor e a força de uma mulher que teve sua filha arrancada dos braços em um campo de concentração nazista. Um filme denso e importante.