Atingido no domingo 14 por uma árvore enquanto corria na avenida Brasil, em São Paulo, o biólogo Ricardo Nicássio, 28 anos, morreu na quinta-feira 18. Ele, que treinava para uma maratona, sofreu hemorragia craniana. A família autorizou a doação dos órgãos. Nicássio é mais uma vítima das quedas de árvores em dias de chuvas fortes. Em fevereiro, Antonio Lousa, 74 anos, também morreu após uma delas desabar sobre seu carro na Marginal Tietê durante um temporal. Segundo a Defesa Civil, foram registrados 497 tombamentos este ano. No domingo em que Nicássio foi atingido, 110 teriam ido ao chão, conforme o Corpo de Bombeiros. A prefeitura garante que a árvore que matou Nicássio era sadia e a ventania violenta a derrubou. Há estimativas de que cerca de 20% dos dois milhões de árvores espalhadas por São Paulo estão ameaçados. Por exemplo, foi detectado em um bolsão de tipuanas no Parque do Ibirapuera (onde vivem 15 mil árvores) que 30% delas estavam infestadas por cupins.