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A vigorosa peça “Dois Perdidos numa Noite Suja”, com a qual Plínio Marcos renovou o teatro brasileiro em 1966, passa-se dentro de um sórdido quarto de pensão. É o cenário exíguo onde Tonho e Paco, carregadores do mercado, encenam suas misérias cotidianas antes de pegar no sono. Sua montagem exige uma dupla de atores que dê conta das modulações do texto e um diretor que saiba se ater ao  elemento minimalista dessa trágica e grotesca realidade: a disputa por um par de sapatos novos. Em sintonia com a violência da obra, os atores Renaldo Taunay e Igor Kovalewski dizem suas falas como lutadores de boxe. E o diretor André Garolli, que já provou seu talento na trilogia “Homens ao Mar”, pontua cada ato como round de uma luta em que nenhum dos dois sai vencedor.


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