Seis pessoas sentavam à beira de um rio, quando presenciaram uma cena incrível. Uma canoa com um casal e um bebê virou e, muito rapidamente, os três foram pegos pela correnteza. Mal tiveram tempo de reagir pois, alguns metros abaixo, um grupo de bombeiros, que fazia o seu treinamento anual, os salvou heroicamente.

Imediatamente, o primeiro homem à beira do rio, um hindu, disse que todos deveriam ter bom karma, pois nada lhes aconteceu. O segundo, um mulçumano, imediatamente agradeceu a Allah. Ao seu lado havia o padre da cidade, que, fazendo o sinal da cruz, agradeceu a Deus, Maria e Jesus. Um rabino, que revisava o texto que iria ler na sinagoga, pensou consigo mesmo: “Devem ser descendentes de Moises”. O penúltimo homem, ateu, se pôs a pensar na sorte que a família teve ao encontrar o barco dos bombeiros. No outro lado do rio, muito feliz, estava o prefeito da cidade. Ele pensava na capa do jornal do dia seguinte: “Bombeiros preparados salvam família de afogamento e morte trágica.”

Muitos acontecimentos em nossas vidas são como as facetas de um prisma. Dependendo de como o viramos, podemos ver algo muito diferente. É importante nos lembrarmos disso para não confundirmos o reflexo com a realidade. No momento que isso acontece, podemos até estar certos, mas nossa certeza será baseada em algo que existe somente em nossa cabeça.