O fim dos reabastecimentos de combustível e a mudança no sistema de pontuação mudarão o formato do Mundial de Fórmula 1 em 2010, após uma temporada 2009 repleta de modificações no regulamento. A competição começa em 14 de março com o GP do Bahrein.

O fim dos reabastecimentos:

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É o grande desafio para as equipes nesta temporada 2010. Os reabastecimentos, realizados entre 1993 e 2009, serão proibidos. Os carros terão que chegar ao final da corrida com a gasolina do início da prova. A mudança teve consequências lógicas.

Em primeiro lugar, naturalmente, as equipes foram obrigadas a mudar a capacidade dos tanques de combustível, que de 120 litros passaram para 240. Isso acarretou também uma mudança no desenho das máquinas, que agora são um pouco mais largas.

Para isso, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) impôs novos pneus, mais finos na frente, o que modifica a estabilidade dos carros. Os F1 de 2010 são mais pesados e diferentes de pilotar.

A ideia de eliminar os reabastecimentos tem como objetivo tornar os Grandes Prêmios mais emocionantes e fazer com que as provas não sejam decididas nos boxes.

Os carros começarão as corridas com os últimos pneus utilizados nos treinos classificatórios e com o tanque cheio. O impacto dessas medidas no espetáculo ainda deverá ser verificado.

Mudança no sistema de pontuação:

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O vencedor de cada corrida ganha 25 pontos; o segundo, 18; o terceiro, 15; o quarto, 12; o quinto, 10; o sexto, 8; o sétimo, 6; o oitavo, 4; o nono, 2; e o décimo, 1. Em 2009, o sistema era de 10-8-6-5-4-3-2-1.

A ideia é valorizar mais as primeiras colocações, em especial a vitória, para estimular os pilotos a lutarem mais na pista.

Abandono tácito dos kers:

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Apresentado como a maior revolução da temporada anterior, o kers, um sistema que transforma a energia dos freios em cavalos de potência complementares para a aceleração, se tornou um problema financeiro para as escuderias que não souberam ou puderam aproveitá-los.

Apenas a Ferrari e a McLaren utilizaram este ‘plus’ de potência, que, no entanto, não se revelou indispensável.

Renault e BMW Sauber o abandonaram na metade da temporada passada.

A Williams, apesar de ter pesquisado este sistema profundamente, não o adotou, enquanto que as duas primeiras equipes de 2009, Brawn GP e Red Bull, nunca o utilizaram.

Dispositivo "verde" em uma categoria pouco ecológica como a F1, o kers não foi proibido pela FIA. As equipes, reunidas em sua associação (Fota) decidiram no ano passado não utilizá-lo este ano.

jf/dm