07/11/2007 - 10:00
RECURSO Para atualizar o site do Twitter a partir do Brasil pode-se usar o blackberry
De um incêndio de proporções gigantescas a um festival de música cuja programação está atrasada. Se você quer saber o que está acontecendo agora, arrisque um microblog, uma versão reduzida e ágil do blog, o popular diário de internet. Eles têm espaço limitadíssimo (em geral 140 caracteres), não contemplam fotos na atualização das mensagens, mas apresentam uma vantagem: podem ser abastecidos com informações pelo celular. O usuário envia o texto pelo telefone – no Brasil, a pedida é recorrer aos modelos do tipo blackberry – e pronto. Também podem ser atualizados pelos serviços de mensagens instantâneas, como MSN.
Normalmente, os microblogs apresentam uma pergunta simples para ser respondida: “O que você está fazendo?” As mensagens permitem avisar quais são as últimas novidades culturais da cidade, por exemplo. Ou os problemas mais recentes, como aconteceu com o incêndio da Califórnia que devastou até mansões. Outro uso é indicar sites, blogs e links de notícias interessantes. São dicas trocadas facilmente porque a graça do serviço está em liberar na página os recados de outros usuários, formando uma espécie de mural atualizado constantemente. E em várias línguas. No americano Twitter, há textos em inglês, espanhol, japonês e agora cresce o português. Como no Orkut, o site está sendo invadido pelos brasileiros. “Descobri o Twitter em abril, mas não tinha muito brasileiro. Hoje tem uma galera grande”, diz Rafael Losso, blogueiro e editor do MTV Overdrive, canal de banda larga da MTV. “O microblog é mais agitado do que um blog e a interação é uma festa”, completa Rafael, que utiliza seu blackberry para atualizar sua página de recados.
“O microblog é mais agitado do que o blog. A interação é uma festa”
Rafael Losso, blogueiro
O Twitter concorre com o Jaiku, site que foi recentemente adquirido pelo Google, o dono do Orkut, com o Tumblr e o MoodMill. Mas o Brasil já entrou nesse campo. Em agosto, foi lançado o Gozub. De lá para cá, o número de usuários dobrou. A empresa já fechou um contrato para fornecer acesso via celular, mas por questões técnicas o serviço ainda não está no ar (deve funcionar até o final do ano). Até corporações aderiram à mania, principalmente as de mídia. Os jornais Los Angeles Times, New York Times e Guardian já têm seus perfis no Twitter.
