MEDICINA

Cientistas de todo o mundo acolheram como "significativo avanço da imunoterapia" o fato de um paciente com câncer de pele em estado gravíssimo ter sido tratado com sucesso com o seu próprio sangue. Passos do tratamento:

> Pesquisadores dos EUA extraíram células brancas (imunológicas) do sangue do paciente e as cultivaram em laboratório – ele estava no estágio quarto da doença (etapa em que o óbito ocorre em poucos meses)

> Os médicos clonaram essas células e obtiveram, assim, um número muito maior delas – sobretudo das células brancas T (imprescindíveis a nossa defesa imunológica). No organismo elas estavam reduzidas e enfraquecidas como um exército em frangalhos de tanto lutar contra o câncer

> Depois de tratadas, injetaram novamente essas células no paciente para que elas, agora novas e fortalecidas, "guerreassem" contra as células cancerosas. Isso foi feito há dois anos. Agora, na última reavaliação do paciente (um homem de 52 anos), o melanoma deixou de existir.

UM T ESSENCIAL À VIDA
Os linfócitos que carregam a denominação T são células brancas que amadurecem na glândula Timo. Uma vez amadurecidas ficam "armazenadas no baço, como um exército num quartel sempre em prontidão. Assim que "enxergam" um inimigo (uma célula tumoral, por exemplo), partem para combatê-lo.

UM LEÃO CONTRA O CÂNCER
O cientista Cassian Yee, responsável pelo tratamento do paciente no Centro de Pesquisa do Câncer Fred Hutchinson, em Seatle, anunciou que uma entre quatro pessoas com melanoma em quarto estágio tem a mesma característica de sistema imunológico. A imunoterapia pode vir a ser o tratamento mais eficaz contra esse tipo de câncer