Elizaveta Krivonogikh, amplamente apontada como a “filha secreta” de Vladimir Putin, voltou ao noticiário internacional nesta semana. A jovem, que mora em Paris foi abordada pelo jornalista ucraniano Dmytro Sviatnenko, que lhe disse: “seu pai matou meu irmão”. Elizaveta reagiu dizendo que o homem não tinha permissão para filmá-la e declarou: “sinto muito, mas não posso responder à sua pergunta”.
“Lamento muito que isso esteja acontecendo. Infelizmente, não sou responsável por essa situação”, disse a jovem, cobrindo o rosto com uma máscara.
Formada em artes, Elizaveta vive atualmente na França, onde usa o pseudônimo Luiza Rozova. Ela já declarou que o pai é o homem que “destruiu” sua vida e o responsabilizou por “milhões de mortes”. Sua mãe, Svetlana Krivonogikh, trabalhava como faxineira no Kremlin quando teria se envolvido com o presidente russo, e hoje acumula uma fortuna estimada em mais de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 550 milhões).
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Com o enriquecimento da mãe, Elizaveta cresceu em meio ao luxo, viagens em jatos particulares, acesso a clubes exclusivos e um guarda-roupa de grifes. Em 2021, ela exibia esse estilo de vida nas redes sociais enquanto a Rússia enfrentava pobreza crescente e o impacto da pandemia. No início de 2022, pouco antes de o país invadir a Ucrânia, ela desapareceu das plataformas online e retirou suas contas do ar.
O suposto caso do líder russo com Svetlana teria começado no fim dos anos 1990 quando ela vivia em um apartamento comunitário. Com o tempo, porém, Svetlana construiu um império imobiliário, adquirindo imóveis em cidades como Moscou, São Petersburgo e Sochi, além de manter ativos internacionais. Ela também é dona do Leningrad Centre, uma sofisticada boate erótica em São Petersburgo.
A primeira vez que a possível paternidade de Putin veio a público foi em 2020, quando o site investigativo russo Proekt revelou a conexão entre o presidente e Svetlana, então funcionária do Kremlin. Conforme a apuração, o relacionamento teria ocorrido na época em que Putin ainda era casado com Lyudmila Shkrebneva, união que durou três décadas.
Atualmente, a jovem de 22 anos trabalha em uma galeria de arte em Paris especializada em obras de temática antiguerra, segundo o jornal americano New York Post, e se distanciou do padrão de vida ostentatório que levava. Relatos da imprensa estrangeira indicam que ela também atua ocasionalmente como DJ.
Nos últimos meses ela voltou a publicar nas redes sociais, trazendo fotos pessoais e posicionamentos políticos mais claros. Agora, expõe críticas ao regime russo, defende pautas sociais e demonstra apoio à Ucrânia.
Mais filhos “escondidos”
O New York Post também menciona rumores de que Putin teria mais dois filhos não reconhecidos oficialmente, um de 10 anos e outro de 6 anos, fruto de um relacionamento com a campeã olímpica Alina Kabaeva.
Embora Putin jamais tenha reconhecido oficialmente Elizaveta, também nunca negou publicamente ser seu pai. Svetlana, por sua vez, nunca comentou diretamente o suposto relacionamento, mas foi alvo de sanções do Reino Unido em 2023, durante o conflito na Ucrânia, devido à sua proximidade com o presidente.
Apesar de o nome de Putin não constar na certidão de nascimento da jovem, ela carrega o patronímico “Vladimirovna”, que significa “filha de Vladimir”, o que alimenta ainda mais as especulações.