O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, defendeu o aborto como “política pública capaz de conter a violência”. Segundo ele, as mães faveladas são “fábrica de produzir marginal”. Para a socióloga Julita Lemgruber, “a tese é preconceituosa”. Estudos feitos nos EUA mostram que o aborto pode funcionar: “Filhos de famílias muito pobres são mais vulneráveis à marginalidade por questão de sobrevivência. No campo psicológico, muitas mães que não queriam filho transmitem para ele essa rejeição. O abandono afetivo pode ser fator de delinqüência.”