Cuba vai saindo pouco a pouco do marasmo ditatorial em que vive há meio século – e dessa vez deu importante passo no campo de sua política econômica. O viceministro do Trabalho, Carlos Mateu, anunciou na quarta-feira 11 que, a partir de agosto, será o princípio da meritocracia que determinará o valor dos salários. Desde que Fidel Castro tomou o poder, o Estado controla cerca de 90% da economia, é o maior empregador, fixa salários e as remunerações são praticamente pasteurizadas: todo trabalhador (fora dos altos escalões da burocracia do Partido Comunista) ganha igual e pouco (salário médio de US$ 19). "O igualitarismo não é conveniente", disse Mateu. É mais uma mudança promovida por Raúl Castro (irmão de Fidel), que desde fevereiro assumiu a Presidência do país.