Karim Rashid, egípcio de nascimento e radicado em Nova York, é um dos mais badalados nomes do design contemporâneo. Tudo em que coloca a mão vira objeto de desejo. Não é à toa que Rashid é bastante procurado pelas perfumarias para criar as embalagens das mais preciosas fragrâncias.

Ele já assinou vidros para as marcas Carolina Herrera, Ralph Lauren e Issey Miyake. O designer é também o responsável pela embalagem do novo lançamento da Kenzo, o perfume KenzoAmour, que será lançado no Brasil em outubro. O trabalho mais parece uma peça de decoração para colocar na estante da sala. Foi inspirado no movimento de um pássaro levantando vôo. “Queria um frasco que provocasse emoção. Um objeto dinâmico que evoque a viagem, a fuga”, explica Rashid.

A história da evolução dos frascos de perfume é interessante. No início do século XX, o joalheiro francês René Lalique inventou para a marca Coty pequenas garrafas com estilo artístico. Desde então, as embalagens começaram a ser quase tão importantes quanto o conteúdo. Hoje, designers e perfumistas têm praticamente o mesmo prestígio. E os contratos assinados com os responsáveis pelo vidro da fragrância são milionários. Às vezes, a criação exige até uma equipe inteira, como foi o caso do Hypnôse, da Lancôme. Existe uma premiação para o melhor frasco na indústria da perfumaria. O vencedor do Grand Prix Du Perfum 2006, o maior da categoria, realizado anualmente na França, foi a obra dos estilistas holandeses Viktor Horsting e Rolf Snoeren, ou Viktor & Rolf, como costumam assinar. A dupla criou a multifacetada embalagem da fragrância Flowerbomb. Os melhores perfumes, pelo visto, deixaram de ocupar necessariamente os menores frascos. Agora, estão nos mais criativos.

 

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