“Minha esposa me vende por 24 horas”, brinca Mauro Colagreco. Passar um dia com o chef argentino no “melhor restaurante do mundo” é uma das experiências gastronômicas a ser leiloada pela lista “50 Best” em benefício de estabelecimentos em apuros devido à crise do coronavírus.

O influente ranking britânico cancelou este ano a premiação dos melhores restaurantes do planeta devido à pandemia de COVID-19, que atingiu o setor com força, e decidiu lançar uma campanha de arrecadação de fundos.

No total, mais de 130 lotes serão vendidos entre os dias 3 e 12 de julho, disse à AFP Hélène Pietrini, diretora da World 50 Best.

Vários grandes chefs responderam ao apelo, como Colagreco, que além de passar um dia em sua companhia e jantar em seu “Mirazur” em Menton, na Riviera Francesa, oferece plantar uma árvore em seu pomar, com o nome da pessoa em questão.

“Seus filhos poderão admirá-lo”, afirma o argentino que, após o confinamento, propõe cardápios de acordo com as fases da lua em seu restaurante, que lidera a “50 Best”.

Também na França, o famoso chef Alain Ducasse leiloará um ágape em seu restaurante parisiense Plaza Athenée, com três estrelas Michelin.

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Na Espanha é oferecido um lote para jantar em três dos melhores restaurantes bascos: o “Asador Etxebarri”, o “Azurmendi” e o “Nerua”, no Museu Guggenheim em Bilbau.

“El Celler de Can Roca”, de Gerona (leste), que já foi o número um do mundo na lista “50 Best”, também faz parte de um lote que inclui uma experiência gastronômica no “Tickets” de Barcelona e ingressos para assistir a uma partida de futebol do F.C Barcelona.

Na América Latina, os destaques incluem um pacote de 5 dias para viajar para Lima e Cusco e provar os preparativos dos chefs Virgilio Martínez e Pía León, além de um “tour” gastronômico de três dias em São Paulo com uma refeição na “A casa do Porco” como ponto principal.

O preço inicial dos lotes a serem leiloados varia entre menos de mil dólares a várias dezenas de milhares de dólares para “experiências de vários dias, com voos incluídos”.

Os fundos arrecadados serão distribuídos entre os restaurantes que solicitarem. Será dada prioridade a estabelecimentos eco-responsáveis em países cujos governos não aprovaram ajuda específica para esse setor, que foi severamente afetado pela pandemia e seu subsequente confinamento, o que forçou o fechamento por vários meses.


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