Poucos nomes no mundo da música inspiram tanta unanimidade quanto Jimi Hendrix: ele está sempre no topo da lista dos melhores guitarristas de todos os tempos. Isso é ainda mais relevante quando lembramos que sua morte ocorreu há exatos 50 anos, em 18 de setembro de 1970, quando foi encontrado sem vida em um hotel de Londres no auge do sucesso. Em homenagem à data será lançado em novembro o filme “Music, Money, Madness… Jimi Hendrix in Maui”, documentário sobre a viagem do músico ao Havaí. Acompanhado pelo baterista Mitch Mitchell e pelo baixista Billy Cox, Hendrix seria a estrela de um filme e faria um show nas encostas de um vulcão. A apresentação aconteceu (o álbum ao vivo também será lançado nas plataformas digitais), mas o filme, supostamente batizado de “Rainbow Bridge”, era um golpe de seu empresário. A carreira de Jim Hendrix foi curta e meteórica: em apenas quatro anos ele criou um estilo que influencia até hoje guitarristas de todas as vertentes musicais, do rock ao blues, do pop ao soul. Apesar das centenas de gravações ao vivo e sobras de estúdio, a obra que melhor retrata sua genialidade é a trilogia formada pelos álbuns “Are you Experienced?” (1967), “Axis: Bold as Love” (1967) e “Electric Ladyland” (1968). Em 1969, fez seu show mais emblemático no Festival de Woodstock, onde tocou sua versão do hino dos EUA. A melodia foi misturada ao som de bombas, feitas com efeitos da guitarra: a simulação dos bombardeiros do Vietnã era um protesto sonoro pela paz.