No último dia 14 foi anunciado que morreu Ziona Chana, chefe de uma seita cristã que promovia a poligamia. Com 167 membros, sendo 39 mulheres, 94 filhos e 33 netos, essa era considerada a maior família do mundo.
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Todos eles moravam juntos em um vilarejo remoto de Mizoram (Índia) e a seita Chana foi fundada pelo pai de Ziona em 1942.
Mas Chana não é a única seita no mundo que promove poligamia e casamentos múltiplos. Abaixo listamos outros cinco clãs que se identificam como poligâmicos:
Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Últimos Dias
Criada no início do século XX, a FLDS (sigla utilizada por seus membros) foi fundada por Lorin C. Woolley. É estimado que a Igreja tenha entre 6.000 e 10.000 membros, todos localizados em Utah (EUA).
Pregando a poligamia desde seu início, um de seus líderes, Warren Jeffs, entrou na lista dos dez mais procurados pelo FBI por crimes de estupro. Ele foi condenado à prisão perpétua e devido à alta natureza fechada da organização, não sabe-se quem é o atual líder da FLDS.
Clã Kingston
O clã de fundamentalistas religiosos envolve políticos e menores de idade, sendo que famílias inteiras fazem parte da organização e os filhos são obrigados pelos pais a praticarem atos sexuais, além de defenderem a poligamia entre os membros. Eles também promovem incesto e são praticamente exclusivamente todos da família Kingston.
Em 2017, o caso de três ex-membros do Clã chamou a atenção da mídia internacional: as irmãs Jessica, Shanell e Andrea escaparam do local onde a seita fica, também em Utah (EUA) e viraram estrelas de um documentário chamado Filhas da Poligamia, da A&E, no qual elas contam como sobreviveram após a fuga e como elas pretendem ajudar outras mulheres em situações parecidas com a delas.
Mais de 100 empresas investem no clã Kingston, fundado e liderado por Elden Kingston, custeando ainda o estilo de vida que eles promovem.
Segundo informações, as mulheres da seita tem cerca de 12 filhos cada e são mantidas como mães solteiras para receberem auxílio do governo norte-americano.
Bountiful
Fundada em 1946 na Columbia Britânica, a seita conta com cerca de 10 mil membros e os dois líderes são dissidentes da FLDS, que mencionamos acima. Um deles, Winston Blackmore, casou com 24 mulheres e teve 145 filhos.
Não há muitas informações sobre o clã por serem extremamente sigilosos sobre seu funcionamento. Uma das poucas coisas que sabemos é que, segundo o FBI, eles promovem casamento entre homens maiores de idade com meninas menores de idade.
Arábia Saudita
Apesar de ser um país e não uma seita, na Arábia Saudita os homens podem casar com diversas mulheres ao mesmo tempo, seguindo o texto do Alcorão. Mesmo com a permissão do governo que um homem tenha várias esposas, há restrições sobre isso.
Mulheres nascidas no Paquistão, Bangadesh, Chade e Myanmar são algumas das que não podem se casar com homens do país. O divórcio também é possível, mas após a separação é necessário aguardar seis meses antes de casar novamente.
Rajneeshpuram
Talvez a mais famosa das seitas, o clã fundado em Oregon (EUA) foi tema da série- documentário “Wild, Wild Country”, disponível na Netflix. Fundada por Rajneesh, indiano, todos os membros da seita moravam juntos em uma cidade construída justamente para permitir a proximidade de seus seguidores.
Lá, orgias e poligamia eram comuns e incentivados pelo líder. A seita também ficou conhecida por se envolver em um caso de envenenamento em massa, além de acusações de tráfico de drogas e imigração ilegal.