A 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo realizou na noite da última quinta-feira, 30, a cerimônia de premiação e encerramento da edição. O evento, que ocorreu na Sala Petrobras na Mostra, localizada na Cinemateca Brasileira, premiou 15 títulos, em diversas categorias.
Entre elas, quatro prêmios concedidos pelo júri, formado em 2025 pelo produtor sul-africano Atilla Salih Yücer, pelo produtor brasileiro baseado em Los Angeles Daniel Dreifuss, pela cineasta portuguesa Denise Fernandes, pela realizadora colombiana Laura Mora e pelo crítico-chefe da revista Variety, o norte-americano Peter Debruge.
O quinteto escolheu como melhor filme The President’s Cake, de Hasan Hadi, coprodução entre Iraque, Estados Unidos e Catar. Eles também laurearam com um prêmio especial DJ Ahmet, de Georgi M. Unkovski. A Luta, de Jose Alayón, recebeu uma menção honrosa, e Doha Ramadan ganhou como melhor atuação pelo trabalho na obra egípcia Feliz Aniversário, de Sarah Goher.
Além dos troféus Bandeira Paulista — uma criação da artista plástica Tomie Ohtake — dados pelos jurados, foram entregues os tradicionais: Prêmio do Público, Prêmio da Crítica, Prêmio Netflix, Prêmio Brada, Prêmio Abraccine de Cinema Brasileiro e Prêmio Paradiso, além do novo Prêmio Prisma Queer. Homenagens aos agraciados com o Prêmio Humanidade e o Prêmio Leon Cakoff também marcaram a cerimônia.
Na ocasião, Joelma Gonzaga, Secretária Nacional do Audiovisual do Ministério da Cultura, subiu ao palco para anunciar o edital Rouanet Festivais, no valor de R$ 17 milhões, em parceria com a BB Asset e a Petrobras. O MinC escolheu o encerramento da Mostra 2025 para a notícia sobre o programa, cujo objetivo é democratizar o acesso ao audiovisual brasileiro e fortalecer a política de difusão em todo o país. “Os festivais de cinema precisam de apoio e amparo de uma política pública”, disse Gonzaga no anúncio.
Após o cerimonial, o longa-metragem Jay Kelly, de Noah Baumbach, distribuído pela Netflix, foi exibido, encerrando a programação oficial da 49ª Mostra.
Alguns dos filmes premiados estão na seleção da repescagem, que ocorre entre 31 de outubro a 5 de novembro em três salas, no CineSesc e no Cine Satyros Bijou, durante todo o período, e no Cultura Artística nos dias 31 de outubro e 1º de novembro.
Confira a lista de premiados:
Prêmio do Júri | Melhor Filme
 The President’s Cake, de Hasan Hadi (Iraque, EUA, Catar)
Prêmio Especial do Júri
 DJ Ahmet, de Georgi M. Unkovski (Macedônia do Norte, República Tcheca, Sérvia, Croácia)
Prêmio do Júri | Menção Honrosa
 A Luta, de Jose Alayón (Espanha, Colômbia)
Prêmio do Júri | Melhor Atuação
 Doha Ramadan pelo filme Feliz Aniversário, de Sarah Goher (Egito)
Prêmio do Público | Melhor Documentário Brasileiro
 Cadernos Negros, de Joel Zito Araújo (Brasil)
Prêmio do Público | Melhor Filme de Ficção Brasileiro
 Criadas, de Carol Rodrigues (Brasil)
Prêmio do Público | Melhor Documentário Internacional
 Yanuni, de Richard Ladkani (Áustria, Brasil, EUA, Canadá, Alemanha)
Prêmio do Público | Melhor Filme de Ficção Internacional
 Palestina 36, de Annemarie Jacir (Palestina, Reino Unido, França, Dinamarca, Noruega, Catar, Arábia Saudita, Jordânia)
Prêmio da Crítica | Melhor Filme Internacional
 A Sombra do Meu Pai, de Akinola Davies Jr. (Reino Unido, Nigéria)
Prêmio da Crítica | Melhor Filme Brasileiro
 A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo (Brasil, Chile)
Prêmio Brada | Melhor Direção de Arte
 Jennifer Anti e Pablo Anti pelo filme A Sombra do Meu Pai, de Akinola Davies Jr. (Reino Unido, Nigéria)
Prêmio Netflix
 Virtuosas, de Cíntia Domit Bittar (Brasil)
Prêmio Abraccine de Cinema Brasileiro
 O Pai e o Pajé, de Iawarete Kaiabi, codirigido por Felipe Tomazelli e Luís Villaça (Brasil)
Prêmio Projeto Paradiso
 Coração das Trevas, de Rogério Nunes (Brasil, França)
Prêmio Prisma Queer | Melhor Filme Internacional
 Queerpanorama, de Jun Li (EUA, Hong Kong, China)
 Prêmio Prisma Queer | Melhor Filme Brasileiro
 A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo (Brasil, Chile)
 Prêmio Prisma Queer | Especial do Júri
 “Morte e Vida Madalena”, de Guto Parente (Brasil, Portugal)
Prêmio Humanidade
 Euzhan Palcy
 Jafar Panahi
 Jean-Pierre e Luc Dardenne
Prêmio Leon Cakoff
 Charlie Kaufman
 Mauricio de Sousa
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