O ministro Edson Vidigal é presidente do Superior Tribunal de Justiça. Ganha os parabéns por estar defendendo uma tese que transforma os juízes em pessoas de carne e osso – e os coloca sob as regras que valem para todos os mortais que entram no serviço público. Eis a tese: a adoção de mecanismos mais rigorosos (testes psicológicos, por exemplo) para avaliar eventuais transtornos de personalidade (e consequentemente de caráter) daqueles que prestam concurso público para a magistratura. Diz Vidigal: “Vamos ter de discutir essa questão. Acho que seria importante o teste para avaliar o caráter do magistrado. De quem detém um poder tão grande para decidir sobre pessoas, o mínimo que se pode esperar é que tenha equilíbrio emocional.” Ele se refere ao caso recente em que um juiz assassinou a sangue-frio o vigia de supermercado.