ESTILO A top em ensaio para a Vogue América: ela transita entre o moderno e o clássico

Ela gosta de dedilhar Van Halen em sua guitarra, receber amigos para reuniões musicais de improviso, andar de skate e pegar onda. Queridinha de poderosos, como o estilista da Chanel, Karl Lagerfeld, a top gaúcha Raquel Zimmermann faz tudo isso sem deixar de ser chique. Já superou a atriz Nicole Kidman, entre outras celebridades, e foi escolhida a mulher mais bem-vestida dos Estados Unidos pelo site Style.com – referência quando o assunto é moda. Da mesma forma que em sua vida pessoal ela transita entre o moderno e o clássico, a modelo de 25 anos é camaleônica também no trabalho. Segundo editores de moda, ela passeia com igual desenvoltura do alternativo ao sofisticado e funciona tanto em campanhas de massa quanto na venda de produtos caros. Entre as grifes para as quais trabalhou ultimamente, estão a rede H&M e a luxuosa Louis Vuitton – para a qual fotografou três campanhas consecutivas. “Acho que a minha maior virtude é conseguir me reinventar a cada trabalho. Gosto de criar e parecer diferente em cada um deles”, diz Raquel.

A modelo vive seu melhor momento em dez anos de carreira. Conquistou o primeiro lugar na lista das principais modelos do mundo do conceituado site Models.com, bíblia das tops e, depois de Gisele Bündchen, que hoje está na categoria ícones, é a primeira brasileira a alcançar o almejado posto. A estrela de Raquel demorou a brilhar porque quando ela começou, em 1997, era o momento de mulheres cheias de curvas, como a própria Gisele. “Hoje sou feliz porque consegui alcançar um patamar muito difícil”, diz ela, que surgiu poderosa na passarela da Animale, nesta edição da São Paulo Fashion Week.

Nascida em Bom Retiro do Sul (RS), seus primeiros passos na profissão soam como um clichê. Aos 14 anos, a garota loira e esguia de ascendência germânica deixou o sul do País rumo a São Paulo. Depois seguiu para temporadas em Tóquio e Paris até fincar residência em Nova York, onde mora até hoje, ao lado do marido, o fotógrafo chileno Ruy Sanchez Blanco. Eles moram em um apartamento no Brooklyn, onde a top renova as energias. “Ultimamente a Raquel tem tocado músicas que eu componho ou que inventamos na hora”, diz Ruy. Poucos sabem, mas em 2004 Raquel pensou em desistir da carreira. Na época, faltava trabalho e ela pensava em retornar ao Brasil. A reviravolta aconteceu quando a modelo foi fotografada para a capa da Vogue Itália pelo badalado Steven Meisel. Conceitual, o ensaio mostrou uma Raquel cheia de possibilidades para o mercado. O mundo fashion só tem a agradecer.

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