Dos R$ 638 bilhões em investimentos que estavam previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entre 2007 e 2010, R$ 403,8 bilhões já foram investidos até agora, o equivalente a 63,3% do total. As informações foram divulgadas hoje pelo governo federal, no balanço do terceiro ano do programa. Esses recursos incluem verbas do orçamento federal, das estatais, do setor privado e financiamentos. De acordo com o balanço, as estatais já desembolsaram R$ 126,3 bilhões.

O financiamento das pessoas físicas somaram R$ 137,5 bilhões, enquanto os investimentos do setor privado alcançaram R$ 88,8 bilhões. As verbas do orçamento da União desembolsadas para o PAC somaram R$ 35 bilhões. A contrapartida de Estados e municípios somou R$ 11,1 bilhões e, por fim, o financiamento ao setor público foi de R$ 5,1 bilhões.

Padrão de crescimento

O ministro da fazenda, Guido Mantega, destacou hoje a importância das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o aumento dos investimentos do País. Mantega disse que, nos últimos três anos, o PAC se consolidou como um programa de desenvolvimento e criou um novo padrão de crescimento, mais vigoroso e de outra qualidade. "Graças ao PAC, temos um desenvolvimento sustentável no Brasil. Os principais objetivos do PAC estão sendo cumpridos. O maior era o de acelerar o crescimento do País e colocá-lo em outro patamar", afirmou o ministro.

Mantega também disse, ao fazer um balanço macroeconômico sobre as obras do PAC, que o crédito no Brasil já apresenta uma expansão, este ano, de 15% acima da de 2009. Segundo o ministro, a estimativa do governo é a de que o crédito cresça 20% este ano, o que é suficiente para sustentar o crescimento da atividade econômica. Mantega destacou que, em 2009, mesmo com a crise financeira internacional, o crédito teve uma expansão de 15% em relação a 2008.

Ele ressaltou que o Produto Interno Bruto (PIB) vem crescendo a taxas cada vez maiores e que, se não fosse a crise, o crescimento econômico teria sido maior em 2008 e em 2009. "Graças ao PAC e às demais medidas do governo, a recuperação foi rápida. Hoje, o PIB cresce a um patamar superior a 5%", disse Mantega.

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O ministro avaliou que o PAC foi importante também para garantir um crescimento doméstico num período em que o mercado externo encolheu. Disse que a previsão do governo é de que a demanda interna cresça 7,3% em 2010. Mantega destacou também o aumento das vendas no varejo, registrado no ano passado, apesar da crise, o que mostra, segundo ele, que o mercado consumidor resistiu bem.

Desonerações

Mantega afirmou durante o balanço do PAC que o governo promoveu desonerações da ordem de R$ 180 bilhões nos últimos anos. "Isso é muito dinheiro. Não se pode dizer que estamos mantendo a carga tributária no patamar elevado em que se encontrava anteriormente", afirmou. Mantega reforçou que o governo realizará o superávit primário em 2010 e que o déficit nominal deverá chegar a 2%. De acordo com ele, o déficit nominal brasileiro será menor do que o da maioria dos países europeus e também do que os demais componentes dos Brics – Rússia, Índia e China. "Tudo isso mantendo a inflação sob controle."

O ministro da Fazenda disse ainda que uma pesquisa realizada no último fim de semana em Davos (Suíça) com líderes empresariais mostrou que o Brasil é o país que tem mais condições de criar empregos em 2010. Segundo Mantega, isso traduz o otimismo do Exterior em relação ao Brasil. Ele lembrou que a previsão do Ministério do Trabalho é a de que sejam gerados, neste ano, 1,6 milhão de empregos formais, mas disse acreditar que o número poderá ser maior. O ministro destacou o aumento da massa salarial no Brasil, a qual, segundo ele, ocorreu em função da expansão do emprego, do salário e da transferência de renda do governo para o trabalhador por meio de programas sociais.

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