O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou, na ata da reunião da semana passada divulgada hoje, que pode aumentar a probabilidade de que aumentos de preços localizados apresentem "riscos para a trajetória da inflação". Os diretores do Banco Central entendem que essa possibilidade de aumento de riscos para a inflação existe "a se confirmar a perspectiva de intensificação das pressões da demanda doméstica".

Para o Copom, esse quadro também eleva a possibilidade de que eventuais pressões localizadas nos preços, como no atacado, poderiam ser repassadas aos preços ao consumidor. Os diretores do Comitê observam também que a demanda interna elevada poderia exercer certa pressão sobre os preços de itens como os serviços. Diante desse quadro, o Copom afirma que continuará "monitorando com particular atenção o comportamento das expectativas de inflação", que de acordo com a ata tiveram uma elevação em relação ao cenário observado desde sua última reunião. O último encontro do Copom, antes do realizado no fim de janeiro, ocorreu no início de dezembro de 2009.

Taxa de juros

Ainda segundo a ata do (Copom), as decisões sobre o rumo do juro básico da economia (taxa Selic) têm como objetivo "assegurar a manutenção da convergência da inflação para a trajetória de metas em 2010 e 2011". Para esses dois anos, o centro da meta é de 4,50%. A avaliação consta do documento divulgado hoje pelo Banco Central. Nesse trecho, foi retirada a avaliação, que constava no documento de dezembro, que afirmava que "as expectativas inflacionárias para 2010 e 2011 continuam em patamar consistente com a trajetória das metas".

A ata destaca ainda que o Banco Central (BC) está pronto para reagir rapidamente a uma eventual piora do cenário para a inflação. De acordo com trecho do documento, "na eventualidade de se verificar deterioração do perfil de riscos que implique alteração do cenário prospectivo traçado para a inflação, neste momento, pelo Comitê, a estratégia de política monetária será prontamente adequada às circunstâncias".

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