A guerra acirrada pelo mercado de jogos eletrônicos levou as gigantes do setor a uma busca frenética por produtos espetaculares. E a próxima batalha já tem data marcada. A partir de 19 de novembro, em pleno aquecimento para o Natal, uma nova geração de games de alta tecnologia irá invadir as prateleiras de todo o mundo. A Sony, líder do mercado brasileiro, lança o tão esperado PlayStation 3. A Microsoft reage com uma versão turbinada de seu Xbox, o 360, que, entre outras funções, utiliza recursos da física e da inteligência artificial para simular a realidade. Mas o produto aguardado com maior curiosidade é o Wii, da Nintendo. A empresa criou um controle remoto que leva para dentro do ambiente virtual do jogo os movimentos físicos realizados pelo jogador na frente da tela. Assim, ao tentar rebater uma bola num game de tênis, por exemplo, ele, em vez de apenas apertar um botão, poderá mexer o braço como se estivesse rebatendo, com a raquete em punho, a bola numa quadra. O competidor poderá jogar sozinho ou com outra pessoa.

Essa reprodução apurada do real gera emoções mais fortes. Em vez do tradicional joystick, a empresa desenvolveu um controle remoto semelhante no formato ao das tevês, mas com um dispositivo eletrônico que o torna sensível a qualquer movimento. Este controle transmite os gestos do jogador para um personagem virtual dentro do cenário do jogo, ou seja, o “representante” do competidor na disputa. O processo se repete nas partidas de golfe, baseball e de luta com espada. Na opinião de Victor Emmanoel Vicente, professor de Ciências da Computação da PUC-SP, a novidade favorece a interação. “Em vez de ficar sentado, a pessoa se movimenta com mais liberdade” diz ele. Com isso, a empresa espera atrair o público que acha monótono ficar horas diante de uma tela movimentando apenas os dedos. Nos Estados Unidos, o Wii custará US$ 249 (R$ 538,00). O preço para o Brasil ainda não foi definido, mas é provável que, com impostos e margens de lucro, custe três vezes mais. Para os americanos, o Playstation 3 sairá por US$ 600 (R$ 1,29 mil) e o Xbox, por US$ 400 (R$ 864). A guerra pela conquista dos jogadores está para começar – e, de virtual, não terá nada.


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