O deputado estadual baiano Sargento Isidório é ex-policial militar. É do PT e incorporou a patente ao seu nome como político. É instrutor de capoeira. Foi feirante e cobrador de ônibus. Aos 43 anos já enfrentou duras vicissitudes da vida, mas nada lhe foi tão duro quanto fazer exame de próstata. “Eu me senti deflorado”, disse ele criticando a frieza do médico que, ao final do exame, abriu a porta do consultório e chamou o próximo paciente “como se nada tivesse acontecido”. Na terça-feira 29 o Sargento Isidório ocupou durante 25 minutos a tribuna da Assembléia Legislativa, e o seu discurso foi, de cabo a rabo, para se lamentar daquilo que classificou como um sentimento de ser “deflorado”. O seu exame de próstata foi de manhã, ele discursou à tarde: “Ainda estou vendo estrelas.” Mais: o deputado classificou o exame (com o dedo o médico toca a glândula através do ânus para verificar se ela está crescida e se há risco de câncer) de “angustiante” e “desmoralizante para um pai de família”. Houve uma intervenção do deputado Targino Machado (PMDB), que é médico, defendendo a eficácia e precisão de diagnóstico desse tipo de exame de toque. O Sargento Isidório então voltou à carga, e concluiu: “Foi horrível. Me senti deflorado.”