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A Caixa Econômica Federal reportou queda de 45,9% no lucro líquido do primeiro trimestre, para R$ 838 milhões na comparação com o registrado um ano antes, de R$ 1,548 bilhão. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando estava em R$ 636 milhões, o lucro cresceu 31,7%.

O saldo de provisões para devedores duvidosos (PDDs) do banco teve aumento de 22,2% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2015, para R$ 34,704 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, de R$ 33,881 bilhões, a alta foi de 2,4%.

O reforço em PDDs foi um dos motivos que fizeram o lucro líquido do banco encolher 45,9% nos três primeiros meses do ano. Conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a Caixa provisionou o restante do crédito que concedeu à Sete Brasil no período.

A Caixa fez um reforço específico de R$ 700 milhões em PDDs no primeiro trimestre por conta do setor de óleo e gás e também outros segmentos com empresas que têm apresentado problema, de acordo com o vice-presidente de finanças do banco, Marcio Percival. "Estamos exatamente em linha com os outros bancos.

Nosso resultado seria maior se não fosse provisionamento de R$ 700 milhões. Estamos preocupados com setor de óleo e gás e outros com dificuldade de pagamento", explicou ele, em entrevista ao Broadcast.

A Sete Brasil entrou com pedido de recuperação judicial no dia 29 de abril. O crédito concedido pela Caixa à Sete Brasil corresponde, conforme pedido registrado na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a cerca de R$ 1,6 bilhão (US$ 459 milhões).

Apesar do reforço nas provisões, as despesas com PDDs da Caixa foram a R$ 3,809 bilhões no primeiro trimestre, queda de 24,2% em um ano. No comparativo trimestral, houve redução de 3,6%.

O índice de inadimplência do banco público, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 3,51% ao fim de março, queda de 0,04 ponto porcentual ante o quarto trimestre, de 3,55%. Em um ano, quando estava em 2,85%, porém, cresceu 0,66 ponto porcentual.

Crédito
A carteira de crédito da Caixa ampliada totalizou R$ 684,162 bilhões ao final de março, leve alta de 0,7% em relação a dezembro, de R$ 679,487 bilhões. Em um ano, quando somou R$ 626,809 bilhões, aumentou 9,2%.

Já os ativos totais do banco público foram a R$ 1,242 trilhão no primeiro trimestre, elevação de 15,1% em um ano, quando estava em R$ 1,078 trilhão. Na comparação com o quarto trimestre, quando ficou em R$ 1,203 trilhão, a alta foi de 3,2%.

Em relação ao patrimônio líquido, o banco encerrou março com R$ 62,955 bilhões, alta de 1,0% em um ano e de 0,4% ante o quarto trimestre de 2015. Seu retorno sobre o patrimônio líquido médio foi a 10,27% ao final de março, queda de 3,45 pontos porcentuais em um ano e de 1,16 p.p. no comparativo trimestral.