Se você ainda tem um, guarde-o. Se não tem e gosta de música com muita pureza, compre um antes que os preços subam. O toca-discos – pick-up ou vitrola, como também é chamado o aparelho – está mais popular do que se poderia imaginar. Se antes os DJs impulsionavam o setor, agora o que move os apaixonados pelo equipamento é a qualidade do aúdio, superior à dos tocadores de CD. Com isso, mesmo os modelos usados retornam às prateleiras.

Há belas “máquinas” antigas, como as que Hildefonso Maravelli mantém na Cabine de Som, em São Paulo. São peças em madeira, algumas alemãs, que custam cerca de R$ 1 mil. Outra loja paulistana, a Casa do Toca Disco, traz modelos mais modernos, todos importados, por preços que chegam a R$ 2 mil. “Vendo de 80 a 100 aparelhos por mês”, diz Luiz Peres, gerente da Casa.

Para os DJs, o supra-sumo dos toca-discos é o Technics MK-II. Tem ajuste de pitch (variação linear na velocidade de rotação) e uma luz na ponta da agulha, que permite encontrar as faixas na escuridão. Para quem quer brincar em casa de ser “o dono da festa” está desembarcando nas lojas o Numark, com preço em torno de R$ 3 mil. Mas também é possível encontrar produtos mais baratos, usados e perfeitos, por até R$ 300. E, se existe alguém disposto a investir em produtos de alta sofisticação, há um modelo de encher os olhos. Por R$ 120 mil, pode-se adquirir um toca-disco Statement, da alemã Clearaudio. Lançado este ano, ele acaba de chegar ao País e já tem um comprador interessado – até o momento foram vendidas 40 unidades no mundo. O disco é executado sobre um prato suspenso por um campo magnético. “Quem aprecia ouvir boa música vai gostar dele”, comenta Kahlil Zattar, da catarinense Som Maior, que distribui o produto no Brasil.


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