O Ministério da Defesa, comandado por Aldo Rebelo, abriu uma licitação e pretende gastar quase R$ 60 mil com bebidas alcóolicas somente para abastecer as prateleiras do 5º Batalhão de Infantaria Leve, em Lorena, interior de SP. São quase R$ 50 mil só em cerveja. De acordo com a previsão de compras do edital, a pasta quer adquirir 15 mil latinhas da “loira”. E 500 garrafas de vinho, em um total estimado em R$ 11 mil, com a descrição de exemplares brancos e tintos, feitos das uvas cabernet e riesling.

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Tudo para sua festa 
Salgadinhos e tortas? Sim e devem custar cerca de R$ 600 mil aos cofres públicos. Na lista constam 300 sacos de “carvão vegetal para churrasco” ao preço total estimado em R$ 20,7 mil. Para sobremesa, 200 litros de sorvete, a R$ 3 mil, e 400 quilos de bombons, a R$ 13 mil. A compra tem que durar o ano.
 
 
Encomenda a caminho 
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, voltou do encontro com autoridades do Ministério Público suíço com a sinalização de que serão enviadas em breve ao Brasil informações sobre contas nada republicanas de brasileiros com foro privilegiado.
 

 

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Carne e unha 
Os Ministérios Públicos Federais da Suíça e o do Brasil nunca viveram tempos de tamanha harmonia entre si. Em um passado recente, os suíços desconfiavam das autoridades brasileiras porque sempre havia vazamento de informações que vinham de lá com sigilo.
 
 
Trakinas 
De acordo com um investigador, Janot está com a certeza de que “teve muito brasileiro com foro fazendo traquinagem lá fora”. O PGR ainda não tem os nomes, mas se baseia no perfil das contas de alto calibre que são “de chegada”, típica para receber propina.
 
 
Queijo e goiabada 
Os suíços monitoravam a imprensa brasileira e se irritavam com publicações indevidas. Mas a Lava Jato sepultou este problema. Os investigadores hoje trocam ideias diretamente. E a tramitação de provas segue o caminho de sempre, passando pelos governos federais.
 
 
“Venha, tesouro” 
Os ministros do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e Rosa Weber também foram convidados para participar de evento do Instituto Brasiliense de Direito Público, que reunirá autoridades em Portugal, como o ministro do STF Gilmar Mendes e os senadores tucanos Aécio Neves e José Serra. Mas recusaram.
 
 
Papo em dia 
Houve uma verdadeira romaria ao gabinete de Rodrigo Janot, na terça (22). Dia em que o procurador-geral voltou a dar expediente após voltar da Suíça. Entre os visitantes, recebeu o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
 
 
Mão pesada no Esporte 
Causou irritação no presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, a permanência de George Hilton à frente do Ministério do Esporte. Agora no PROS, Hilton esperava seguir no comando da pasta, mas foi surpreendido com uma articulação do PRB para que ele caísse de vez, como vingança, em troca de alguns votos no placar do impeachment. Com a pasta vaga, o Planalto ganha mais moeda para barganhar apoio no Congresso e, hoje, o mais cotado para assumir o posto é o PMDB do RJ – estado que sediará as Olimpíadas. Entre os possíveis nomes está o do pré-candidato peemedebista à prefeitura do Rio, Pedro Paulo.

 
Apelido quando pega… 
Para diretores da Polícia Federal a Lava Jato “já acabou faz tempo”. Explicam que a corporação vem tentando há meses mudar o nome da operação, mas “é a imprensa que não deixa”. Chamem na rua como quiser, porque internamente a PF, que não é boba nem nada, dá um batismo diferente a cada nova fase e a contabiliza como sendo uma nova operação. 
 
 
Toma lá dá cá

Luís Antônio Boudens – Presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais
 
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ISTOÉ – Os delegados defendem a aprovação da PEC 412. Por que os outros cargos da PF são contra?
BOUDENS – Discutir autonomia dessa forma é atropelar as demais discussões. Autonomia investigativa nós já temos e a Lava Jato é um grande exemplo disso.
 
ISTOÉ – Por que comparar a autonomia financeira da PF à criação de uma Gestapo?
BOUDENS – Nós não temos registro, hoje, em nenhuma parte do mundo, de uma polícia que detenha todas essas prerrogativas. 
É muito arriscado. Óbvio que pertencendo ao órgão, pode parecer interessante inicialmente. Mas se tratando de um organismo policial, isso abre espaço para o surgimento de um quinto poder e podemos criar um monstro.
 
 
Retrato falado

“Cuidado, porque estão tripudiando e negociando o voto de vocês por aí”
 
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No dia em que George Hilton foi exonerado do Ministério do Esporte, sua engajada filha Haren Jessica tomou as dores no Facebook. Postou no perfil do deputado César Halum (PRB-TO), amigo de seu pai, uma pergunta sobre o possível retorno do PRB à base em troca da saída de Hilton da pasta. Ao ler que Halum não voltaria atrás, ela alfinetou o presidente da sigla, Marcos Pereira, que segundo ela “não costuma consultar seus aliados quando toma certas decisões”.
 
 
Cada caso é um caso 
Ex-presidente do Banco Central durante a gestão Lula, Henrique Meirelles é cotado para assumir o Ministério da Fazenda, mas já tomou uma decisão: caso o convite seja concretizado, não aceitará o posto nem mesmo se o ex-presidente Luiz Inácio estiver no comando da Casa Civil. Mas que fique claro: não topa convite “deste” atual governo…

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Compartir é viver 
O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) comemorou o parecer da consultoria legislativa que vê relação entre a possível compra da MP 627/2013 e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Assim, a CPI do Carf passa a caminhar, de fato, junto à Zelotes.
 
 
Rápidas
 
* Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana, presa há um mês anda chateada: as raízes de seus cabelos estão crescendo ao natural, sem retoques. Marido e mulher também são proibidos de tocar nas visitas, ao contrário de outros presos.
 
* O pecuarista José Carlos Bumlai vai deixar saudades na penitenciária de Curitiba agora que cumprirá prisão domiciliar. Era considerado pelas famílias dos presidiários o mais querido de todas as “celebridades” do centro prisional.
 
* Já o ex-deputado Pedro Corrêa, mensaleiro e petroleiro, tem obsessão em sempre perguntar aos carcereiros se o Jornal Nacional citou seu nome e em qual contexto. E quer saber quem são os que estão mais aparecendo no noticiário.
 
* Ao deixar o PSD pelo PP, o deputado federal Ricardo Izar (SP) tem dito que agora, finalmente, sente-se livre para defender e votar a favor do impeachment, como sempre quis. “E para sair candidato a prefeito de São Paulo”, completa.

Colaborou: Mel Bleil Gallo e Pedro Marcondes de Moura


Créditos das fotos desta matéria: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; RENATO STOCKLER/NA LATA; Arquivo Pessoal