A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela abertura de ação penal contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida. Seguindo o voto do relator, ministro Teori Zavacki, os demais minsitros entenderam que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras.

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Até o momento, seis dos 11 ministros da Corte aceitaram a denúncia contra Cunha e Solange.

Os ministros Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Marco Aurélio e Cármen Lúcia acompanharam voto do relator, ministro Teori Zavascki. O ministro votou pelo recebimento parcial da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, por entender que há indícios de que o presidente da Câmara pressionou um dos delatores da Lava Jato para receber propina.

A sessão foi suspensa e será retomada amanhã (03), com os votos dos demais ministros que compõem a Corte. Se o resultado for mantido, Cunha e Solange passarão à condição de réus no processo.

Os ministros do STF discutiram nesta quarta-feira, 2, se aceitam a denúncia movida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo a contratação de dois navios-sonda da Petrobras pela diretoria Internacional, apontada como cota do PMDB no esquema corrupção na estatal.

Ao todo, segundo a denúncia, o peemedebista teria recebido US$ 5 milhões referentes a contratos de 2006 e 2007. Caso o Supremo aceite a denúncia o presidente da Câmara passará a ser réu em uma ação penal que pode levá-lo à prisão.