Depois de um ano dedicado ao cinema, Mariana Ximenes está prestes a voltar a TV na próxima novela das sete “Haja Coração”, em maio. Ela reviverá Tancinha, personagem de Claudia Raia em Sassaricando (1987). O resultado de um ano de mergulho na telona também vem este ano. No filme “Zoom”, de Pedro Morelli, produção Brasil-Canadá que estreia no primeiro semestre, Mariana contracenou com Gael Garcia Bernal e Jason Priestley. Vive uma modelo que sonha ser escritora. A atriz, diretora e escritora Liv Ullmann, musa de Ingmar Bergman, é sua inspiração. “Seu livro “Mutações” (1976, relançado em 2008) é meu oráculo”, diz a atriz, que ambiciona um projeto com a obra.

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IstoÉ – Está se divertindo com o desafio de reviver o papel de Tancinha, na próxima novela “Haja Coração”?
Mariana – 
Tenho que fazer uma Tancinha minha. Não dá para fazer uma Tancinha igual a da Claudia (Raia). Não sou ela. É uma personagem que ficou no imaginário, mas os tempos são outros. Será uma proposta diferente, até porque é uma releitura. IstoÉ -Como foi a experiência de trabalhar com Gael Garcia Bernal em “Zoom”, que estreia este ano? Mariana – Ele é guerreiro. Como consegue, imagine:
é mexicano, mora na Argentina e faz um bocado de filmes em inglês. É realmente um vitorioso.

IstoÉ – Você sonha com um projeto com “Mutações”. Por que a admiração por Liv Ullmann?
Mariana – 
Meu pai deu o livro “ Mutações” para minha mãe antes de eu nascer. Prestes a entrar na faculdade, uma tia me escreveu uma carta importante com citações do livro. Depois me deu a obra, e eu devorei. Decidi dar o livro a todas as mulheres que eu admirasse. Vasculhei sebos. Presenteei uma amiga que, alérgica, teve que doar o livro. Em 2008, no relançamento do Brasil, pude conhecer Liv. Contei a trajetória do livro na minha família. Liv fez uma dedicatória especial no velho exemplar, embaixo da dedicatória do meu pai para minha mãe.

IstoÉ – Como vai a vida?
Mariana – 
Tenho uma inquietude. Agora estou aprendendo a meditar. Também pratico mergulho. O fundo do mar é um escândalo. Já mergulhei em Cuba, Jamaica, México. O coracão vai bem. A festa de aniversário que ganhei do meu namorado (Filippo Adorno, empresário italiano, com quem namora há um ano) foi especial. Um baile de Carnaval, debaixo do viaduto, no Aterro do Flamengo, com direito a banda, bicicletinhas, perna de pau.

A reforma da casa de praia para a prisão domiciliar

Até agora parece ter sido em vão a reforma da casa de praia do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otavio Marques de Azevedo, no condomínio Costa Verde Tabatinga, em Caraguatatuba (SP). O executivo, que teve negado o pedido de liberdade pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, planejava ocupar a casa para sua prisão domiciliar.

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Fechada em janeiro
Desde novembro, quando o ministro Marcelo Dantas, relator de recursos da Operação Lava Jato no STJ, votou para que Azevedo respondesse o processo em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, a casa passou por uma reforma interna. A ideia seria cumprir a prisão domiciliar no condomínio, onde supostamente poderia circular. A obra ficou pronta para o Réveillon. Ocupada na virada do ano, a casa ficou fechada em janeiro.

Decidido em família 

Foi em conversas com a família – as três filhas e a ex-mulher, a atriz Marieta Severo – que Chico Buarque bateu martelo na decisão ir à justiça contra o antiquário João Pedrosa e o jovem usineiro Guilherme Motta, que o insultou no Leblon. “Quando viu a família ser atingida, ele percebeu que ultrapassaram qualquer limite do bom senso”, disse seu assessor de comunicação, Mario Canivello. “Chico resolveu dar um basta nas declarações infundadas, inclusive a de que teria feito uso da Lei Rouanet. Embora não tenha nada contra as leis de incentivo, ele nunca fez uso delas.” Chico e sua família inteira processarão Pedrosa, que atacava o cantor nas redes sociais. “Ele tentou se colocar na posição de vítima quando na verdade é o agressor”, diz Canivello. Chico processará Guilherme não pelo jovem tê-lo chamado de “um merda”, mas porque o acusou de viver de dinheiro público. As ações, por danos morais, calúnia, injúria e difamação, começam a correr no Tribunal de Justiça do Rio na segunda-feira 25.

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Marília em prosa e fotos

Dois meses após a morte de Marília Pêra, sua irmã Sandra Pêra e a escritora Nélida Piñon lançam na segunda-feira 25, na livraria da Travessa, no Rio, a fotobiografia “Marília Soares Marzullo Pêra” (Arte Ensaio Editora). A obra foi feita a quatro mãos por Sandra e Marília, que aprovou os originais. Nélida escreveu o prefácio. O livro conta a trajetória dela e de sua família. Sandra falou à coluna:

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Como surgiu a ideia
“Disse a minha irmã que queria fazer um grande álbum com nossa família em cena. “Família em Cena” seria o nome. Comprei álbuns e comecei. Minha avó, Antônia Marzullo, era amiga do meu pai, Manoel Pêra, os dois tinham a mesma idade quando ele se encantou por minha mãe, Dinorah Marzullo, e então começou nossa história. Marília ia mandando para mim fotos e cartões que guardou. Contratou duas moças que desmancharam meus álbuns para higienizar as fotos. Em 2014, eu mandava legendas e Marília ia acrescentando lembrancinhas dos momentos. Quando ficou pronto, ela perguntou: “Não tem foto da Claudia Jimenez? Não tem a Taís Araujo? E o José Mayer?” Fizemos um encarte que virá dentro do livro com as pessoas queridas dela.”

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História marcante
“O primeiro fato marcante foi o casamento dos nossos pais no palco. Era uma plateia lotada, na frente do cenário da peça que fizeram. A cerimônia civil teve calorosos aplausos. Penso no velório de minha irmã, no palco da sala Marília Pêra. Depois do terceiro sinal, abriu-se a cortina e veio um caloroso aplauso. Esta última história o fotolivro não conta.”

Fotos:  Paulo Vainer / TOP Magazine (Mariana Ximenes)