O ano começou ameaçador para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na quinta-feira 7, o ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Cunha, de sua mulher, Cláudia Cruz, de uma de suas filhas, Danielle Dytz da Cunha, e de empresas ligadas à família. Os três são investigados por suspeita de manter contas no exterior abastecidas com recursos do Petrolão. Também na semana passada, auditores da Receita Federal identificaram indícios de aumento patrimonial incompatível com os rendimentos do parlamentar e seus familiares. O valor descoberto totalizaria R$ 1,8 milhão entre 2011 e 2014. Assim que terminar o recesso do Supremo e do Congresso, no mês que vem, Cunha terá dez dias para se defender sobre o pedido de seu afastamento da Presidência da Câmara enviado ao STF pela Procuradoria-Geral da República.