Para desfilar um corpo perfeito, muitas mulheres recorrem às clínicas de estética ao invés de suar nas academias. Como todo verão precisa de uma novidade, a desta estação é o Magic Pump ou, como ficou conhecido, “bumbum na nuca” que, dizem as adeptas, empina o próprio, aumenta o volume e suaviza as celulites. O método consiste em aplicar duas ventosas enormes que, a partir de uma sucção a vácuo, fariam o bumbum perfeito em sessões que duram até uma hora e têm um custo médio de R$ 100 cada. Mas o efeito tem prazo de validade: três meses, no máximo, avisam as próprias clínicas estéticas. E, se a pessoa não mantiver uma rotina de exercícios, o quadro pode ser revertido e há risco de aumento da flacidez devido ao forte impacto da sucção na pele.

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O polêmico Magic Pump: sem exercício, pode haver aumento de flacidez

O que o equipamento faz é manobrar a gordura que fica sob a pele, de forma que diminua os odiados ‘buraquinhos’ da celulite e dê a aparência de bumbum maior e mais empinado. Foi assim que conquistou fãs mundo afora. Em Miami, equipamentos similares já são vendidos para aumentar e endurecer os seios também. Adriana Menoli, fundadora do Studio Menoli, no Rio de Janeiro, oferece o Magic Pump. “Dá um resultado bom sem ter que recorrer a uma plástica”, diz.

Mas os médicos pensam diferente e chamam a técnica de “efeito Cinderela” porque, dizem, o resultado começa a se desfazer em poucas horas. “O que acontece, de fato, é um edema, um inchaço devido ao vácuo, é como se fosse uma maquiagem para o bumbum. E, por ser um movimento agressivo pode acabar rompendo vasos sanguíneos e ficando com hematomas”, alerta a médica Valéria Campos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A entidade se colocou contra o procedimento.