O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou em 11% em dezembro. O resultado é 0,9 ponto porcentual superior ao de novembro, de 10,1%, e representa um novo recorde na série histórica iniciada em setembro de 2005.

"O resultado reflete uma piora significativa. Se compararmos ao início do ano, observamos um aumento de 3,8 pontos porcentuais das expectativas de inflação em um ano com crescimento negativo do PIB e taxa Selic elevada", afirmou, em nota, o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV). Segundo Ferreira, entre os fatores que parecem estar impactando as expectativas são o IPCA de 2015, em torno de 10%, e o sentimento de perda de renda dos consumidores. "Não se espera que a tendência se altere nos próximos meses, mas, com o aprofundamento da crise, é possível que as expectativas se estabilizem ao longo de 2016", completou.