Você concorda com o senso comum que diz que pessoas felizes vivem mais? Se sua resposta foi positiva, talvez um novo estudo te faça mudar de ideia. Segundo uma pesquisa publicada na revista científica Lancet, emoções como alegria e tristeza não influenciam índices de mortalidade. O estudo, o maior já realizado sobre o tema, foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que acompanharam a saúde e os hábitos de vida de 700 mil mulheres britânicas durante dez anos. As participantes passaram por testes físicos que monitoravam pressão sanguínea, peso e doenças como diabetes, e psicológicos, respondendo a perguntas sobre felicidade, descanso, estresse e depressão. A conclusão é que ser mais feliz ou mais triste não determina sua expectativa de vida, já que as taxas de mortalidade foram iguais entre as mulheres que se diziam tristes e as que se avaliavam como felizes.

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“Não encontramos efeitos diretos da infelicidade ou do estresse na mortalidade”, diz Bette Liu, pesquisadora chefe do projeto. O contrário, no entanto, parece ser verdadeiro. “A infelicidade por si só não deixa ninguém doente, mas doenças deixam as pessoas infelizes.” O estudo também demonstrou que não-fumantes geralmente são mais felizes do que fumantes. Já quem ingere álcool é mais feliz do que quem não bebe. A relação entre exercícios físicos e felicidade também foi comprovada: quanto mais horas dedicadas à atividade física, mais felicidade. A opção de ter ou não filhos, por outro lado, não parece influenciar em nada. Mulheres com e sem filhos apresentaram índices de bem-estar iguais. Apesar das importantes conclusões, os pesquisadores reforçam que são necessários novos estudos para confirmar os resultados e avaliar o impacto das emoções na saúde dos homens.