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Milhares de pessoas foram as ruas nas principais capitais brasileiras apoiar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Manifestações pacíficas e sem registro de ocorrências graves até o meio da tarde de domingo ocorreram em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Recife e outras grandes cidades. Mesmo com o acolhimento do pedido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o movimento nas ruas não chegou nem perto daqueles realizados no início do ano, como em março e abril. De acordo com os organizadores, a baixa adesão se explica pelo pouco tempo para organizar os protestos deste dia 13. Uma nova manifestação já está marcada para março de 2016.

Em São Paulo os manifestantes dividiram a avenida Paulista com as milhares de pessoas que usam a via para se divertir aos domingos, quando ela é fechada. Bonecos infláveis do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff foram inflados. Um dos signatários do pedido de impeachmet da presidente Dilma Rousseff que tramita no Congresso Nacional, o ex-deputado petista Hélio Bicudo discursou na manifestação de hoje no carro de som do grupo Vem Pra Rua. "O Brasil não pode permanecer nas mãos do PT. Lula, você não é dono do Brasil", disse o jurista.

No Rio, o humorista e ativista político Marcelo Madureira fez um discurso inflamado em cima do carro de som do grupo Vem Pra Rua, na orla de Copacabana. Ele direcionou a maior parte das críticas ao ex-presidente Lula, a quem chamou de "chefe da quadrilha". Pediu a prisão do antecessor de Dilma Rousseff. "Ele é um sociopata perigoso e tem que ser mantido afastado da sociedade", discursou, arrancando aplausos efusivos. Marcelo Madureira foi além: "O impeachment não é o fim, nem o início do fim. E tenho que falar uma verdade dura pra vocês: ainda vai ficar pior. A gente sabe que a Petrobrás tá quebrada, mas e o Banco do Brasil? E a Caixa? E o BNDES?", indagou.

Em Recife, capital pernambucana, a manifestação pró-impeachment reúne, neste momento, cerca de 500 pessoas na praça do Marco Zero, no bairro do Recife, região central da cidade. Na capital pernambucana o ato é coordenado pelos movimentos Estado de Direito, Vem pra Rua e Direita Pernambuco. De acordo com Diego Lajedo, coordenador do Estado de Direito, outras mobilizações deverão ser realizadas nas próximas semanas, com o mesmo mote: a defesa do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Em Belo Horizonte, a Polícia Militar de Minas Gerais informou agora que, no auge da manifestação pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), por volta das 14h30, cerca de 5 mil pessoas participavam do protesto contra a presidente, que acontece na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital. Na última manifestação contra o governo Dilma, em 16 de agosto, cerca de 6 mil pessoas estiveram na praça. Políticos do PSDB, um dos partidos que defendem o impeachment da presidente, compareceram à praça, entre os quais o deputado estadual João Leite e o deputado federal Rodrigo de Castro