Doze anos de populismo e peronismo (são sinônimos entre si e também de demagogia) deixaram de governar a Argentina a partir de meio-dia e meia da quinta-feira 10 – dia e horário em que tomou posse como novo presidente do país Mauricio Macri, 56 anos e terceiro casamento, político convicto de sua posição de centro-direita e líder da frente conservadora Mudemos. Ele sucede Cristina Kirchner no comando da nação, e, diante da polêmica sobre o local da cerimônia, conseguiu na Justiça que a gestão de sua antecessora se encerrasse doze horas antes. Ela fez então a derradeira ironia à frente de uma Argentina que sofre com inflação elevada e carência de investimentos: “Não posso falar muito porque à meia-noite vou virar abóbora”. A posse começou no Congresso e se estendeu à Casa Rosada, sede do governo, sem a presença de Cristina que se recusou a transmitir-lhe a faixa e o bastão presidenciais.