Com duas décadas de existência e 1,6 mil títulos em seu catálogo, a editora Cosac Naify encerrou as suas atividades na semana passada – pesaram nisso a crise econômica e a situação de mercado que, naturalmente, jogam contra o estilo sofisticado e caro que sempre caracterizou as suas edições. A Cosac Naify há tempo vinha deficitária. Ela é a responsável pela edição luxuosa de raridades como, por exemplo, a obra do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro e os diários de Lima Barreto quando ele esteve internado no hospital psiquiátrico (então nosocômio) de Botafogo, no Rio de Janeiro.