O que um fala, o outro repete. E é sempre para acusações e ataques recíprocos. Melhor exemplo disso viu-se na quinta-feira 3: o presidente da Turquia, o islamita conservador Recep Tayyip Erdogan (abaixo à esq.), declarou que tem provas definitivas do envolvimento do governo russo com o tráfico de petróleo promovido pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Na mesmo dia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou a Turquia de ter participação idêntica. Os dois presidentes estão em lados opostos nos conflitos internos na Síria – Moscou apoia o regime de Bashar al-Assad, os turcos, não. Também na quinta-feira Putin subiu bastante o tom: “a Turquia vai se arrepender de ter abatido um avião nosso durante operação em espaço aéreo sírio”.