Quando o STF decidiu há três meses fatiar a Operação Lava Jato, entendendo que crimes não ligados ao esquema de propina na Petrobras não deveriam ficar exclusivamente aos cuidados do ministro Teori Zavascki e do juiz Sérgio Moro, não faltaram vozes a dizer que se tratava de uma manobra para esvaziar as investigações. Bom para o País que esses comentários estavam equivocados. Na semana passada o juiz federal Marcelo da Costa Bretas, do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia do MPF contra o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva (foto), acusado de corrupção nas obras da Usina Nuclear de Angra 3 – foi preso em julho pelo braço da Lava Jato que investiga o setor elétrico. Alem dos crimes de corrupção ativa e passiva, Pinheiro da Silva responderá por lavagem de dinheiro e concussão (valer-se de cargo público para vender vantagens).