Uma auditoria interna da Petrobras, concluída em maio, confirmou que houve direcionamento indevido para que o Grupo Schahin fosse contratado para operar o navio-sonda Vitoria 10.000 para explorações de petróleo em alto mar. O negócio seria uma compensação pelo empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin, em 2004, que teria como destino final o PT.

O intermediador da negociação, de acordo com os investigadores, foi o pecuarista José Carlos Bumlai, apontado como amigo do ex-presidente Lula. Bumlai foi preso nesta terça-feira, 24, alvo central da Operação Passe Livre, 21.ª fase da Lava Jato. "Foi aceita uma única proposta para construção do navio-sonda, ao passo que poderia haver um processo competitivo", afirma o Relatório de Auditoria R02.E003/2015.

O documento anexado ao pedido de prisão de Bumlai informa que a "escolha da Schahin como parceira foi discricionária" e que "os bônus de 15%" a ser recebido pela empresa "eram mais altos que os praticados, na faixa de 10%".