O papa Francisco advertiu nesta quinta-feira, 26, que a religião não deve ser utilizada "para justificar o ódio e a violência" e lamentou a radicalização dos jovens em seu nome para "rasgar o tecido social".

O pontífice pronunciou essas palavras durante um encontro inter-religioso e ecumênico hoje de manhã em Nairóbi, primeira escala de sua viagem pela África, no qual ressaltou a importância do diálogo em um mundo "ferido por conflitos e religiões". "As religiões jogam um papel essencial na formação das consciências, mas o nome de Deus não deve ser usado jamais para justificar o ódio e a violência", afirmou Francisco.

A esse respeito, lembrou os quatro atentados mais graves no Quênia nos últimos dois anos – todos cometidos pelo grupo jihadista Al-Shabab: o ataque ao centro comercial Westgate (com 67 mortos), os dois no povoado de Mandera (com 64 mortos) e o da Universidade de Garissa (com 148 mortos).