A estudante de 18 anos Petra Heleno morreu na semana passada após ser submetida à tomografia computadorizada no Hospital Vera Cruz, na cidade paulista de Campinas. Ela sofreu choque anafilático: reação alérgica ao contraste iodado utilizado no exame. Segundo o hospital, nem a paciente nem a família sabiam dessa alergia. Isso é vigorosamente desmentido pelo pai da jovem, Paulo Roberto Gomes Heleno – na verdade, se ninguém tivesse relatado a condição alérgica, porque o hospital iria colocar em Petra a pulseira vermelha sinalizando essa limitação? “A negligência trouxe a morte”, diz ele.

Outro erro, outras mortes
Há dois anos, três pacientes morreram nesse mesmo hospital após a realização de ressonâncias. A polícia concluiu que as vítimas receberam, por engano, 10 mililitros de substância industrial tóxica que era armazenada pela clínica Ressonância Magnética Campinas em bolsas reaproveitadas de soro fisiológico. Essa clínica fornecia o material ao Hospital Vera Cruz.