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Depois de identificar um primeiro jihadista envolvido nos ataques mortais de Paris, os investigadores concentram suas atenções em potenciais cúmplices e patrocinadores, as pistas levam até a Grécia e a Bélgica.

Seis pessoas próximas a Omar Ismaïl Mostefai, o suicida francês identificado como um dos autores do ataque na casa de espetáculos Bataclan, em Paris, estão sob custódia, incluindo seu pai e irmão e a esposa deste último, informaram fontes judiciais e policiais.

Um carro preto da marca Seat, utilizado nos tiroteios de sexta-feira à noite em um bar e restaurante, também foi encontrado em Montreuil, nos subúrbios leste de Paris, segundo fontes policiais.

O pai e o irmão do atacante, morto na explosão de seu cinto de explosivos, foram detidos na noite de sábado e buscas foram realizadas em suas casas em Romilly-sur-Seine (leste da França) e Bondoufle (arredores de Paris).

Omar Ismail Mostefai, um francês de 29 anos, foi identificado graças a um dedo cortado encontrado na cena do crime.

Nascido em Courcouronnes, subúrbio de Paris, este pequeno delinquente condenado por vários crimes comuns foi fichado por sua radicalização islamita a partir de 2010, mas "nunca tinha sido envolvido em um caso" jihadista, segundo a justiça.

Dois dias após os ataques, os mais mortíferos na França – que fizeram 129 mortos e mais de 350 feridos – os investigadores também encontraram, perto do corpo de um homem-bomba do Stade de France, um passaporte sírio pertencente a um migrante registado na Grécia, segundo Atenas.

A investigação também aponta para uma pista belga. Três pessoas foram presas pelas autoridades belgas. Entre elas, o homem que alugou o carro Polo preto dos suicidas encontrado estacionado em frente ao Bataclan, palco do mais mortal dos ataques, com ao menos 89 mortos.

Luto nacional
Os três suspeitos "não são conhecidos dos serviços de inteligência franceses", indicou o procurador de Paris, François Molins. Os investigadores buscam compreender se alguns dos atacantes conseguiram escapar e se outros ataques estão em preparação.

Segundo o procurador de Paris, três equipes participaram nos atentados. Sete terroristas morreram no curso de suas ações criminosas. Mas outras pessoas podem estar envolvidas nos ataques.