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A série de atentados terroristas reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico e que deixaram 128 mortos na sexta-feira em Paris e sua região metropolitana causou horror e comoção em todo o mundo e vários dirigentes enviaram sua mensagem de apoio ao presidente e povo franceses.

Único a lançar uma nota discordante após os ataques sem precedentes, o presidente sírio Bashar al-Assad considerou que a França contribuiu para a "expansão do terrorismo" ao intervir no conflito em seu país.

Em Madri, centenas de pessoas observaram um minuto de silêncio, antes de cantarem a Marseillaise. No mesmo momento, um minuto de silêncio foi respeitado em Barcelona.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou "os desprezíveis ataques terroristas realizados em Paris e apresentou suas condolências às famílias das vítimas", segundo seu porta-voz.

O presidente Barack Obama também condenou energicamente o que chamou de "atentado contra toda a humanidade" e uma "tentativa ultrajante de aterrorizar civis".

"Trata-se de um ataque não só contra os franceses, mas contra toda a humanidade e contra os valores que compartilhamos". Obama também disse que os Estados Unidos "trabalharão com a França para levar os terroristas à justiça" e lembrou que, quando ataques desse tipo acontecem, sempre se pode contar com os franceses.

Em uma declaração unânime, os quinze países membros do Conselho de Segurança da ONU condenaram "da maneira mais firme os ataques terroristas odiosos e bárbaros" cometidos em Paris.

O Vaticano expressou sua emoção e pediu uma "resposta decisiva e solidária" após os atentados que deixaram pelo menos 120 mortos em Paris, citando "um ataque contra a paz de toda a humanidade".

A rainha Elizabeth II se disse "profundamente chocada e triste" em uma mensagem de condolências ao presidente francês.

A Rússia igualmente condenou a série de "atentados atrozes" e os "assassinatos desumanos" em Paris. O presidente russo, Vladimir Putin, expressou seus pêsames, assim como o apoio e a solidariedade da Rússia ao presidente François Hollande, e ao povo francês.

O primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev apelou a comunidade internacional a "se unir contra o extremismo" e "uma resposta forte às ações terroristas".

Enquanto os atentados estão sendo atribuídos aos jihadistas, o imã da mesquita Al-Azhar, instituição de grande prestígio do islã sunita, Ahmed Al-Tayeb, condenou os ataques "odiosos" e apelou "o mundo inteiro a se unir contra este monstro" do terrorismo.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, adiou sua viagem prevista para a Europa e condenou os ataques, chamando-os de "crimes contra a Humanidade".

O ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, condenou "os ataques terroristas odiosos", considerando que constituem uma "violação de toda a ética, toda moral e toda religião".

Já o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, se disse "profundamente chocado" e manifestou a "solidariedade" da UE.

"Estou muito chocado com os eventos de Paris. Nós manifestamos nossa plena solidariedade com o povo da França", escreveu Juncker no Twitter

"Profundamente chocada", também foram as palavras utilizadas pela chanceler alemã, Angela Merkel, segundo um comunicado oficial.

"O governo alemão está em contato com o governo francês e demonstra a compaixão e a solidariedade do povo alemão", afirmou Merkel.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, expressou sua "solidariedade com seus irmãos franceses".

"A Itália está junto a seus irmãos franceses, contra o atroz ataque à Paris e à Europa", disse Renzi em sua conta Twitter. Roma convocou um comitê nacional de segurança no sábado pela manhã.

"A Europa, atingida em seu coração, saberá reagir à barbárie", acrescentou

O chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, manifestou ao primeiro-ministro francês Manuel Valls a solidariedade da Espanha.

Rajoy conversou por telefone com Valls para expressar "suas condolências (…), toda sua solidariedade".

Na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan pediu um "consenso da comunidade internacional contra o terrorismo".

"Enquanto país que conhece perfeitamente os métodos e as consequências do terrorismo, compreendemos perfeitamente o sofrimento que a França vive atualmente", acrescentou.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que seu país está ao lado da França.

"Israel está lado a lado com o presidente François Hollande e com o povo francês na guerra conjunta contra o terrorismo", afirmou Netanyahu, que deu pêsames, em nome do povo israelense, às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos.

O Japão se declarou "chocado" e "revoltado" após os "atos de terrorismo desumano e odioso".

"O terrorismo nunca vencerá a democracia", afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

"Estou chocado com os acontecimentos desta noite em Paris", escreveu o primeiro-ministro britânico David Cameron no Twitter. "Nossos pensamentos e orações vão para o povo francês".

O Canadá também expressou sua solidariedade para com a França.

"O Canadá está com a França neste tempo sombrio e oferece toda a assistência possível", declarou o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.

"Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência e minha solidariedade para com o povo e o governo francês", declarou a presidente brasileira Dilma Rousseff em sua conta no Twitter.

O prefeito de Nova York, que entrou em estado de alerta preventivo em função dos atentados de Paris, também exprimiu sua solidariedade.

"Os nova-iorquinos ficaram inconsoláveis de ver nossa cidade-irmã de Paris ser atingida por essa violência sem sentido".

O governo da China afirmou que está "profundamente comovido" e "condena firmemente os ataques terroristas".

"O terrorismo é o inimigo de toda a humanidade e a China apoia firmemente a França em seus esforços para combater o terrorismo", disse Hong Lei, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

A China transmite "profundos pêsames" a França, completou.

"O Afeganistão, mais do que qualquer um, é vítima há muito tempo do terrorismo e compreende o sentimento de dor do povo francês", reagiu o presidente afegão Ashra Ghani.