A hipótese de crime está descartada, segundo a polícia do Rio de Janeiro, nas investigações sobre a morte do diplomata e embaixador Sebastião do Rego Barros Netto – ele ocupou em 1995 o segundo mais importante cargo no Ministério das Relações Exteriores (secretário-geral) e dirigiu a Agência Nacional de Petróleo entre 2002 e 2005. Na segunda-feira 9, por voltas das 13 horas, o corpo de Rego Barros, 75 anos, chocou-se contra a calçada da Avenida Atlântica – terno, gravata e meias, porém sem sapatos, e numa das mãos a biografia de Getúlio Vargas escrita por Lira Neto. Ele morava no 11º andar do luxuoso edifício Prelúdio, um dos três que compõem o sofisticado condomínio Chopin. No apartamento só estavam a sua mulher e a empregada doméstica. A polícia sustenta a hipótese de o embaixador ter subido numa poltrona rente à janela, de baixo peitoril, para apanhar o livro ao alto de uma estante. Teria se desequilibrado e caído.