Nações em frangalhos costumam apoiar ditadores políticos do presente ou idolatrar a memória de tiranos do passado. É o que acontece nesse momento num arremedo de país chamado Ucrânia, dividida entre as forças leais ao governo de Kiev e aquelas que apoiam a luta separatista promovida pelo governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin. É nesse caos que uma das mais execráveis figuras da história da humanidade, o ditador comunista Josef Stalin, que governou a extinta URSS por 31 anos e morreu em 1953, volta agora a ser venerado nas cidades de Donetsk e Lugansk. No início da década de 1940, já na Segunda Guerra Mundial, a Ucrânia odiava a tirania stalinista vinda de Moscou e via na Alemanha nazista a salvação. Também aí estava ela despedaçada, e por isso irracionalmente se propunha a trocar o diabo pelo demônio. Hoje segue novamente o caminho do inferno.