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A produção industrial caiu 1,3% em setembro ante agosto, a maior baixa para o mês desde o início da série histporica, em 2002, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a setembro de 2014, a produção teve 19º recuo seguido, de 10,9%, o maior neste tipo de comparação desde abril de 2009 (-14,1%).

O recuo de 1,3% em setembro foi o quarto resultado negativo consecutivo, período em que acumulou uma perda de 4,8%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 7,4%. Em 12 meses, houve recuo de 6,5%.

No fechamento do terceiro trimestre de 2015, a indústria registrou uma perda de 9,5%, em relação a igual período do ano anterior. Foi a sexta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto e a queda mais acentuada desde o segundo trimestre de 2009 (-11,9%)
O resultado mensal veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam de queda de 0,40% a 2,00%, com mediana negativa de 1,45%. Na comparação com setembro de 2014, as estimativas eram de recuo de 9,10% a 13,40%, o que gerou mediana negativa de 11,30%.

A produção da indústria de bens de capital subiu 1% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2014, entretanto, houve queda de 31,7%. Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 1,2% na passagem de agosto para setembro. Na comparação com o nono mês ano passado, houve recuo de 12,1%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, como automóveis, a produção caiu 5,3% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2014, a redução foi de 27,8%.

Veículos

A queda de 6,7% na produção de veículos automotores de agosto para setembro foi o fator que mais influenciou o recuo de 1,3% na indústria brasileira no período. O segmento já havia registrado queda de 9,8% em agosto, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro de 2014, a queda na produção industrial chega a 10,9%.

Quinze dos 24 setores pesquisados pelo IBGE tiveram queda em setembro, na comparação com o mês anterior. As outras três principais influências para o resultado negativo da indústria vieram das máquinas e equipamentos (-4,5%), metalurgia (-3,1%) e vestuário e acessórios (-4,2%).

Também apresentaram quedas importantes os setores de produtos alimentícios (-0,5%), celulose e papel (-1,9%) e borracha e plástico (-1,6%).

Por outro lado, oito setores registraram alta na produção, com destaque para os produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (3,5%), indústrias extrativas (1%) e informática, produtos eletrônicos e ópticos (4%).

Revisão

Além de divulgar o resultado de setembro, o IBGE revisou alguns dados dos meses anteriores. O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de agosto ante julho, de -1,2% para -0,9%. O dado de julho ante junho também foi revisto, de -1,5% para -1,6%, enquanto o de junho ante maio passou de -0,8% para -1,1%.