Porto_Santos_Wikipedia_483x303.jpg

 

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,996 bilhão em outubro, resultado de exportações de US$ 16,049 bilhões e importações de US$ 14,053 bilhões. O resultado é o melhor para o mês desde 2011, quando ficou positivo em US$ 2,362 bilhões. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 3, pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Apesar do resultado positivo, tanto exportações quando importações caíram no mês passado. As exportações brasileiras registraram média diária de US$ 764,2 milhões em outubro, queda de 4,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 669,2 milhões, com retração de 21,1%.

O superávit acumulado no ano alcançou US$ 12,244 bilhões. No mesmo período de 2014, o resultado comercial apresentou um déficit de US$ 1,921 bilhão.

O diretor de estatística e apoio às exportações do MDIC, Herlon Brandão, salientou que o resultado da balança comercial no ano é "significativo". Especificamente sobre o mês de outubro, ele citou alguns itens que mereceram destaque de exportação, como minério de ferro, soja, milho, celulose e petróleo.

O saldo positivo de outubro ficou acima da mediana das expectativas de mercado, que apontavam para um saldo positivo para o mês. Levantamento da Agência Estado com 20 instituições do mercado apontava para um saldo comercial positivo de US$ 1,000 bilhão a US$ 2,300 bilhões. A partir deste intervalo, a mediana atingiu superávit de US$ 1,200 bilhão.

O resultado das exportações em outubro apresentou retração em todos os segmentos na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os embarques de básicos somaram US$ 7,311 bilhões, o que significa uma queda de 1,7%; os manufaturados ficaram em US$ 6,035 bilhões (queda de 8,1%), e os semimanufaturados, em US$ 2,353 bilhões (queda de 3,5%).

As importações, por sua vez, apresentaram decréscimo ainda maior no mesmo período de comparação: bens de capital (queda de 28,7%), bens de consumo (queda de 25,5%), matérias-primas e intermediários (queda de 20,2%) e combustíveis e lubrificantes (queda de 5,8%).