A declaração poderia ter partido de qualquer governante e de qualquer país – provocaria muitos protestos, mas nada que um pedido formal de desculpa não pudesse contornar. Ocorre, porém, que a declaração partiu de Israel e nasceu da boca do próprio primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Sem a menor intenção de eximir de responsabilidade pelo Holocausto o nazista Adolf Hitler, Netanyahu afirmou que “foi um palestino, o grande mufti de Jerusalém, quem deu a Hitler a ideia da solução final” – ou seja, o aniquilamento de judeus em campos de extermínio na Segunda Guerra Mundial. O mufti à época era Haj Amin Al-Husseini e, segundo Netanyahu, ele dissera a Hitler: “não perca mais tempo, queime todos”. Ele voltou atrás, desculpou-se e admitiu que fora infeliz ao se expressar. A crise só abrandou, porém, quando a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, conseguiu reconduzir Hitler ao inferno: “a culpa pelo Holocausto é da Alemanha devido ao fanatismo racial dos nacional-socialistas".


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