O tradicional evento anual continua cumprindo muito bem seu papel de apresentar trabalhos de novos artistas, jovens ou não. Não deixa de ser triste, no entanto, constatar que uma parcela considerável dos 29 nomes selecionados, tomados por uma espécie de impulso novidadeiro, vem produzindo apenas obras de caráter instantâneo, sem nenhum traço de permanência. Mas nem tudo está perdido. Na ala dos já conhecidos merecem destaque a série Ato único, em acrílico e papelão, do paulista Iran do Espírito Santo, e os desenhos “executados” por lesmas em papel arroz, da mineira Rivane Neuenschwander. O também mineiro Cao Guimarães comparece com o projeto multimídia Histórias do não ver, no qual se deixou sequestrar por amigos em diferentes cidades do mundo enquanto fotografava de olhos vendados os locais para onde foi levado. É o jeito inusitado que Guimarães encontrou para questionar a arte. (Ivan Claudio)
Vale a pena