09/10/2015 - 20:00
Considerada a top model mais sexy do mundo, Adriana Lima planeja seguir os passos da colega de Victoria’s Secret, Alessandra Ambrosio, que fez sua estreia na tevê na novela “Verdades Secretas”, da Globo. A baiana Adriana também aposta em uma futura carreira de atriz. “Acredito que atuar é meu desafio e objetivo futuro”, diz a modelo. “Adoraria trabalhar em um filme de Quentin Tarantino ou em algum projeto em que fosse uma super-heroína ou uma vilã. São personagens mais divertidos.” Detalhes sobre a nova meta ela ainda não revela. E segue a rotina de desfiles e campanhas na festejada grife de lingerie, entre rasantes no Brasil para campanhas de moda. A última delas foi para a nova coleção de óculos da Vogue Eyewear (foto). “Tenho mais de 30 óculos. Sou viciada em modelos para cada ocasião, não saio de casa sem um par”, diz ela. “Outro dia quase entrei no banho de óculos. Coloco na cabeça e esqueço.” A top entrega ainda que usa óculos de grau. “Preciso. Sou cega igual a um morcego”, gargalha a batgirl da moda.
A volta de Arósio
Na pele de uma personagem que se suicida no filme “A Floresta que se move”, Ana Paula Arósio retorna ao cinema cinco anos depois. Seu último longa “Como esquecer”, estreou em 2010. Dirigido por Vinicius Coimbra, a nova produção estreia em novembro e é inspirado em “Macbeth”, de Shakespeare. Sua primeira exibição é no sábado 10. Ela contracena com Gabriel Braga Nunes. Na vida real, a atriz viveu aos 21 anos o drama de ter presenciado o suicídio de seu namorado, Carlos Tours. Aos 40 anos, ela está longe das novelas desde 2009, quando deixou a Globo no começo das gravações da novela “Insensato Coração”, em 2010. Ana Paula teria recebido um convite de Benedito Ruy Barbosa para voltar em um papel de destaque na novela “Velho Chico”, que substituirá em 2016 a atual “A Regra do Jogo”. Ficou de pensar.
Politicamente incorreto como trunfo
O ator Alexandre Nero, no ar na novela “A regra do Jogo’ como o polêmico Romero Rômulo, deve estrelar uma campanha de uma marca de automóveis negociada pela 9ine, empresa de marketing e gestão de imagem do jogador Ronaldo e do empresário Marcus Buaiz em sociedade com a multinacional WPP. A agência assumiu a captação e negociação de contratos publicitários de Nero, com o desafio de trabalhar comercialmente o momento “politicamente incorreto” do personagem interpretado pelo ator no horário nobre. A 9ine seguirá a mesma linha adotada com Paola Oliveira, que elevou em 200% a quantidade de contratos publicitários especialmente após viver Danny Bond na minissérie “Felizes para sempre?’. “Em sete meses, ela acumulou nove novos contratos. O papel da 9ine foi mostrar para as empresas todos os atributos da Paola na associacão de imagem com grandes marcas”, diz Marcos Serralheiro, diretor de marketing da 9ine. “Com o Nero, seguiremos a mesma linha. É um grande ator, polivalente. Há cinco meses ele era o Comendador. Isso prova que todo o papel que ele interpreta vai ser grande o suficiente para apagar o anterior. Ele é muito maior que o personagem do momento” Se as empresas mais tradicionais tendem a recorrer aos mocinhos e mocinhas da trama na associação de imagem, Serralheiro aposta no arrojamento das empresas na crise. “Por que não pegar carona no personagem e criar oportunidades para marcas ligadas a provocação ou a polivalência? O politicamente incorreto pode ser um trunfo.”
"O sucesso de ‘Os Dez Mandamentos’ não se deve só aos erros da Globo, mas eles se perderam"
O presidente da Record, Luiz Claudio Costa, não gosta de misturar negócios com religião. Mas ergue as mãos para os céus para comemorar o Ibope da novela “Os Dez Mandamentos”, que tem ameaçado a liderança da Globo no horário nobre. Muito mais do que atribuir o sucesso às sete pragas do Egito, ele diz que a Globo se perdeu:
ISTOÉ – Por que o sucesso de Os Dez Mandamentos?
Luiz Cláudio Costa – Dez Mandamentos é uma novela épica. Nossa trama não é religiosa, mas ali há uma maneira de falar sobre religião. Não adianta você negar que o livro mais vendido do mundo é a Bíblia. É um best seller. A novela não reproduz a página da Bíblia ao pé da letra. Ela é baseada na Bíblia. Você vê, tem o cara que inventa o peeling. Tem um negócio de trazer graça para o público. Então se você pega um um roteiro de uma trama baseada num texto de sucesso e isso é bem construído. Foi isso que aconteceu com Dez Mandamentos. E, coincidentemente, a nossa sorte foi contar com o azar do outro.
ISTOÉ – Azar da Globo, o sr. quer dizer?
Costa – A Globo vem apostando em novidades no horário nobre que o publico não tem gostado. Nós acertamos no paralelo e eles erraram. O sucesso de Dez Mandamentos não se deve só aos erros da Globo, mas eles se perderam e não acharam mais o rumo. A nossa novela não se beneficiou apenas do fracasso da Globo. Ela tem todos os méritos, mas as coisas se amplificaram. Tanto o nosso sucesso quanto o fracasso deles.
ISTOÉ – Como o bispo Edir Macedo tem observado o desempenho da Record este ano?
Costa – Edir Macedo sempre teve essa visão que se pratica hoje . A história a gente constrói com o tempo. A frase é pronta, mas é verdade: o tempo é senhor da verdade. O tempo mostrou que temos uma televisão avançada, moderna. É obvio que não vamos querer ser o perfeito do perfeito, e não vou dizer que a gente não mudou rumo, nem corrigiu rumo. A Record amadureceu. Talvez a gente não tenha conseguido passar essa mensagem com tanta eficiência antes. Mas aprendemos. A gente foi buscar profissionais no mercado. Fizemos parcerias. E isso ajudou a construir o que estamos conquistando hoje.
ISTOÉ – E as interferências da igreja Universal?
Costa – Edir Macedo é um empresário. Como acionista da Record, ele acompanha, mas não tem ingerência. Faz questão disso. Ele se dedica à religião na igreja. Na televisão, não. É claro que pede uma coisa ou outra, o templo é uma coisa que atrai gente. Chama o pessoal do jornalismo, mas é sempre na linha do “o que vocês acham?”. O que você mais demora para conquistar é credibilidade. Então não podemos jogar fora isso e ele sabe.
Fotos: Ellen von Unwerth (Adriana Lima); Divulgação (Ana Paula Arósio); Sérgio Santonian (Alexandre Nero); Divulgação/Pernambucanas (Paolla Oliveira)
