O “fatiamento” da Lava Jato determinado pelo STF já está sendo utilizado como argumento jurídico pelos advogados que defendem presos acusados de corrupção. Todos querem sair da área de jurisdição do juiz Sérgio Moro pelo simples motivo de que ele atua com rigor. O STF retirou de suas mãos os casos que não dizem respeito diretamente à gatunagem na Petrobras. A defesa de José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, foi pioneira em lançar mão da decisão da Corte: alega que ele tem de ser julgado no Rio de Janeiro e não em Curitiba. Também a defesa dos acusados de corrupção na Eletronuclear seguirá o mesmo caminho. Detalhe: as falcatruas de todos aqueles que não têm envolvimento com a Petrobras também foram descobertas pela Força-Tarefa da Lava Jato comandada por Moro. Se o processo de Sobrinho não ficar prevento a Curitiba, está pavimentada a caminhada para muita gente.