“Descobri que meu CNPJ é muito descolado. Mas meu CPF é extremamente tímido. O meu CNPJ esconde minha timidez verdadeira…”, assim definiu a si mesma a cantora Luiza Possi, fotografada por J.R Duran para a edição no 6 da Revista Nacional, que será lançada na quinta-feira 8, na livraria da Vila, em São Paulo. A publicação foi criada há cinco anos por Duran para compilar a sua obra multifacetada e seu olhar sobre o Brasil. Antes com distribuição restrita, a revista, de concepção autoral e com edição de arte assinada pelo fotógrafo, terá agora como publisher Fernando Ullmann, diretor da gráfica e Editora Ipsis. A Revista Nacional passa a ser semestral e seus 3 mil exemplares serão vendidos em livrarias a R$ 90. “A nova fase é um sonho. Com Fernando Ullmann, tenho condições de abrir as portas do que antes era apenas um jardim secreto de tinta e papel”, diz o fotógrafo e editor, que escreve a maior parte dos textos. A nova edição é “multitemática”. O conteúdo passeia pelo agora ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, falando sobre sexo na TV, Anitta em momento zen, além de imagens da Casa da Eny, inferninho do interior paulista freqüentado por Vinicius de Moraes.

GENTE-CMYK.jpg

A Cara do furacão

A modelo inglesa Cara Delevingne vive seus dias de furacão. Sua passagem por Milão, durante a semana de moda italiana, enlouqueceu a multidão na Corso Vittorio Emanuelle para uma ação da grife Mango, onde ela e Kate Moss gravaram um bate-papo. Dias antes, no Brasil, Cara causou tumulto em sua chegada Rock in Rio, onde esteve na sábado 27 para o show de Rihanna. Sempre irreverente, brincou com os seguranças, levantando a blusa para ser revistada. Amiga da cantora, ela ajustou sua agenda com a grife Bo.Bô para que pudesse curtir, no gargarejo, o show de Rihanna e depois esticar um after party com a cantora no hotel Fasano, em Ipanema.

GENTE-04-IE.jpg

Bala

Diplomacia
O novo embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, foi recebido num coquetel em São Paulo, por Damien e Alexandra Loras, cônsul e consulesa da França, em São Paulo. Ele chega a Brasília após comandar a embaixada francesa na Turquia por oito anos. Bili conta que quando assumiu o posto em Istambul eram 200 mil imigrantes na Turquia, hoje são 2 milhões. Ele morou no Brasil há 25 anos e fala português. “Me casei em Brasília, quando eu e minha mulher estagiávamos na diplomacia.”

"Fidel me contou que daria ao papa ‘o nosso livro’"

O livro “Fidel e a Religião – Conversas com Frei Betto”, presenteado por Fidel Castro ao papa Francisco em sua visita a Cuba, será relançado pela Companhia das Letras. A obra, escrita há 30 anos e que ajudou a reconciliar Cuba com a religião católica, foi editada no Brasil pela Brasiliense, na época, e está esgotada há quase 20 anos. Em Cuba durante a visita de Francisco, Frei Betto recebeu do próprio Fidel a notícia de que o livro seria dado ao papa, como sua lembrança ao pontífice. Na segunda-feira 12, o escritor e frade dominicano volta à ilha para receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Havana, na cátedra de filosofia. A universidade foi fundada em 1728 pelos dominicanos, ordem a que Frei Betto pertence.

IE2392pag68e69_gente-2.jpg

IstoÉ – Como o sr. reagiu ao saber que seu livro foi presenteado por Fidel ao papa?
Frei Betto –
 Fiquei muito feliz e lisonjeado. Eu estava em Cuba. Na véspera de seu encontro com o papa, Fidel me telefonou desculpando-se por não poder me ver naquela ocasião e contou o que daria ao papa de presente: “Vou dar o nosso livro”, ele falou. “Nos vemos antes de você partir”. Acabei indo embora antes e não o encontrei dessa vez. Foi uma emoção, pois a gente fez esse livro há 30 anos. É uma longa entrevista com Fidel sobre sua relação com a religião, suas histórias de família. Ajudou a reconciliar Cuba com a religião católica depois da revolução cubana. Digo isso porque com as outras religiões a relação sempre foi boa. É o livro mais vendido na história de Cuba: 1 milhão e 300 mil exemplares.

IstoÉ – No Brasil o livro está esgotado há mais de uma década.
Frei Betto – 
A Companhia das Letras vai relançá-lo. Por causa da viagem a Cuba, me atrasei para entregar a longa revisão que fiz. Terá um novo prólogo e uma apresentação. Também fiz novas notas de rodapé. Suponho que o leitor mais jovem não saque algumas coisas. Tem gente que não sabe o que foi a invasão da Baía dos Porcos (tentativa frustrada de invasão ao sul da ilha, em 1961, por um grupo paramilitar anticastrista, com apoio norte-americano).

IstoÉ – o sr. acredita que a passagem do papa por Cuba antes de partir para os Estados Unidos vai acelerar o fim do embargo?
Frei Betto – 
A visita dele foi a mais positiva para Cuba. Ele foi fundamental nessa reaproximação com os Estados Unidos. Quando se despediu do papa, Raul Castro disse: “Não posso beijar sua mão (deferência apenas dos católicos), mas o trarei sempre no coração”. E o papa respondeu: “Eu também.” Seguramente na conversa privada com Obama, o papa pediu pelo fim do embargo. Mas isso sabemos que depende do Congresso americano.  

Regina, o PT e o medo: "É verdade"

Treze anos após declarar, num programa eleitoral do PSDB, seu medo em ver Lula, então candidato à presidência em 2002, assumir o País, a atriz Regina Duarte respondeu com poucas palavras se sua antiga declaração, sob uma perspectiva histórica, teria sido profética. “É verdade”, sorriu a atriz. Sobre o passado, sem mais palavras. Sobre o futuro, Regina diz: “O Brasil está péssimo, mas acho que a gente tem que estar sempre com esperança de crescer e de construir.”

 

GENTE-02-IE.jpg

Fotos: J. R. Duran (Luiza Possi); Ali Karakas/ Divulgação Bo.bô (Cara Delevingne); Gustavo Rampini/ Divulgação Grupo Doria (Regina Duarte); ALEX CASTRO/ WWW.CUBADEBATE.CU/ AFP PHOTO (papa Francisco e Fidel Castro)