O tradicional ritual muçulmano da peregrinação no qual fieis vão caminhando e apedrejando pilares que representam o diabo na acidade sagrada de Meca é todos os anos uma tragédia com data marcada – tal é a pressa e o desejo de se alcançar o quanto antes a Grande Mesquita, o ponto mais sagrado do Islã.

Na quinta-feira, segundo a defesa civil da Arábia Saudita, cerca de dois milhões de peregrinos rumavam à Meca e participavam do apedrejamento ainda na cidade vizinha de Mina quando o horror se repetiu – e até a sexta-feira já se tinha notícia de mais de mil mortos e outros mil feridos. O mais grave incidente se deu em 1990 quando 1.426 peregrinos morreram pisoteados. Em 1994 foram 270 mortos, em 1998 morreram 180, em 2004 o tumulto deixou 251 vítimas fatais em apenas 27 minutos.